Um olhar sobre as causas que tornaram o continente ainda mais periférico e irrelevante, na década de 2020. Elas estão numa geografia difícil mas, em especial, em sociedades fraturadas; e em elites incapazes de forjar projetos nacionais
Em SP, vasta diversidade de eleitores de Marçal reflete como os territórios são complexos – e precisa ser estudada. Os espaços de riqueza e pobreza são dinâmicos nas metrópoles, e estereótipos como “classe média burra” e “pobre de direita” implode os diálogos com a população
Estudo recém-publicado revela: cidadãos de bairros segregados têm piores indicadores de sono, essencial para uma saúde digna. Medo da violência, falta de estrutura pública e de locais de convivência estão entre os motivos que fazem os mais pobres dormirem pior
Numa favela do Rio, um grupo de mulheres desenvolve ações sociais para mitigar a fome e a violência doméstica. Apontam: redes solidárias podem frear dependência de “ajuda” paramilitar e substituir violência por outras saídas aos conflitos
Em novo livro, sociólogo aponta: nos anos 90, quebrada desenvolveu novas subjetividades. Despontam novos coletivos e o orgulho periférico entre os jovens, que ocupam espaços e projetam ideias. E a ação política guia-se através do território
Um mapeamento (em construção) das deputadas negras que chacoalham a política brasileira. Quem são. Suas bandeiras. Como elas articulam cultura, feminismo e resistência periférica. O racismo cotidiano que enfrentam no Congresso
No Dicionário Marielle Franco, a importância das mídias comunitárias como forma de difundir o orgulho periférico e rebater a criminalização — como no caso do boné CPX de Lula. No Facebook, páginas e comentários se tornam os novos jornais de bairro
Criativos, autônomos e plurais, torneios poéticos entre jovens espalham-se. Neles, a disputa é secundária à criação de sensos comuns. Ajudam a sacudir um ensino desatualizado e sem afetos. Mas há quem prefira as “startups” e fundações privadas
Dicionário Marielle Franco analisa a estatização da morte no Grande Rio. Com premiação de policiais violentos, massacres tornaram-se cotidianos – e converteram-se em arma contra qualquer tentativa de controle democrático da segurança pública
Afetos e política do cotidiano numa periferia mineira, assim Marte Um, premiado em Gramado, pode ser resumido. Enxuto e intenso, filme mostra o aprendizado nos choques de desejos e que, apesar dos becos sem saída, “a gente dá um jeito”