Quando acesso à educação é cortado, estudantes das periferias são os mais prejudicados — por isso é necessário adiar exame. Rosto da universidade brasileira começava, enfim, a mudar, mas governo parece querer dar fim a esse processo
Em contos de três autores emblemáticos, reflexões sobre a morte e a juventude periférica. Da educação formal, como loteria de glória e fracasso, à fugaz trajetória dos “sem camisa”. E o fim da vida como solução: para a culpa ou o fardo existencial
Coronavírus já mata mais nas favelas. Morador de Itaquera, professor da Unifesp analisa: só com propostas radicais (e viáveis) e organização popular poderemos resistir à crise — e construir novo mundo solidário. Mas Estado precisará agir
Nas margens das metrópoles, primeiras mortes por covid-19 são registradas. O risco é duplo para população: faltam condições de prevenir doença e assistência do Estado para ficar em casa. Ignorados pelo poder público, resta-lhes auto-organização
“Sei que o sensato e correto é ficar em casa em quarentena. Mas fico preocupado que só os fascistas e trabalhadores vêm à rua. Não se engane: para quem está aqui é muito claro que o protesto anti-bozo vem da segurança do confinamento”
Um filhote de leão roubado, o tênue equilíbrio de forças na periferia, um drone que capta cenas de violência. Os miseráveis, de Ladj Ly, é pulsante recriação do clássico, em uma França estilhaçada em conflitos sociais, étnicos e religiosos
Uber e 99 rotulam periferias como zonas de risco – o que gera altos preços ou ausência do serviço. Mas dados oficiais apontam que bairros nobres de SP, como Perdizes, podem ter 5 vezes mais roubos de veículos que um dos “perigosos”