Tão neoliberal, tão masculina, ideia de que o sexo parte de contrato prévio deve ser recusada. Pois o desejo atravessa-nos de desconhecido, implica que precisamos do outro para conhecer algo de nós – e destrói o mito do sujeito dominador de si
Em conferência na Universidade Coimbra, a antropóloga Lilia Schwarcz aborda a questão da temporalidade. O que é um século? Quando afinal começou o século XXI? Sobre isso, o que imagens fotográficas – que parecem subir o rio – nos dizem?
Novo livro provoca: no bojo do colonialismo, a modernidade forjou-se pela diferenciação entre nós e “os outros”, a civilização e a “barbárie de lá”. Lógica explica a aversão das elites ao voto nordestino, visto como entrave ao seu desenvolvimento
Descartes quis distinguir verdade e ilusão, por isso a modernidade não é cartesiana – mas um tempo de culto à imagem que revém ao medievo. Benjamin (como Baudelaire) expôs o artifício desse mundo e restituiu-lhe o corpo-a-corpo desejante