Mais de 100 empresas em países emergentes podem produzir vacinas de RNA. Em seis meses, esses imunizantes conteriam o surto da covid, dizem pesquisadores. Mas as grandes empresas impedem essa solução por não ceder suas patentes
Atribuídas como responsáveis pelo imunizante, farmacêuticas se apoiam em gigantesca cadeia de pesquisa bancada por governos. Na Europa e EUA, quase todas as etapas ao sucesso da vacina provém de laboratórios e universidades públicas
Mutações inglesa, sul-africana e brasileira ampliam poder de infecção e provocaram explosão de mortes no Reino Unido e Manaus. Mas ainda não se sabe se podem driblar vacinação. E mais: fracasso na pandemia amplia onda por impeachment
Diferenças nos protocolos de pesquisa afetam resultados: número de voluntários, perfil do público-alvo e até definição de casos de covid-19 variam conforme o estudo
No Ocidente, corporações farmacêuticas terceirizam pesquisa para pequenas start-ups. De cada dez, uma sobrevive — e precisa gerar lucros altíssimos. Sociedades pagam, em imunizações que podem custar US$ 50. Estados são cúmplices
Farmacêutica já enviou pedido de autorização emergencial aos EUA
Mais um imunizante demonstra ser muito eficaz contra o coronavírus. Mas por desigualdade e falta de vontade política, centenas de milhares morrerão sem ter acesso a eles em tempo. E mais: na África, as vítimas esquecidas da malária
Empresa anuncia quase 95% de eficácia contra covid-19 – e, ao contrário do da Pfizer, imunizante suporta temperaturas mais amenas
Ao estudar potencial do RNA mensageiro, cientista húngara passou por anos de seguidas rejeições antes de ser levada a sério. Tecnologia das vacinas da Pfizer e Moderna é recente – e nunca foi aprovada