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Em ensaio notável, antropóloga examina palavras – “mulata”, “mucama”, “mãe-preta” – que expõem racismo e sexismo brasileiros. Ela provoca: certos traços de nossa formação não cabem nem em Freud e Lacan, nem em intelectuais como Caio Prado
Para o filósofo, há algo a ser investigado a fundo, se crescem as infecções e mesmo assim as cidades reabrem. Tornamo-nos incapazes de realizar os desejos mais simples. Agora, ou inventamos outro modo de vida social, ou tudo será muito pior
Ânsia por dominar a natureza forjou a civilização. Agora, novas tecnologias sublimam pulsões, pela sensação de desejo pleno. Mas sem consciência do impulso ao sexo e à destruição, humanidade pode eliminar limites e aniquilar a si mesma
As relações entre empregador, trabalhador e consumidor foram embaralhadas — com o aval do Estado. Motoristas e entregadores estão sempre atrás do “a mais” que lhes garantirá existência — em troca, entregam saúde, prazer e até a vida
O filósofo Slavoj Zizek viu, no blockbuster de Steven Spielberg, metáfora de um inimigo externo que é risco iminente à ordem. Apavora por estar sempre ali, mas nunca aparecer. Psicologicamente, a pandemia nos impõe pânico similar…
Qual o motor das barbaridades do regime evocado por secretário de Bolsonaro? Zizek discorda de Hannah Arendt. Para ele, obediência às ordens não explica tudo — até porque atrocidades ficavam ocultas. Haveria gozo compartido no horror alheio
Crê-se iluminado pela ciência positiva e despreza vozes divergentes. De seu pedestal, usa teorias e dados para legitimar opressões. Mas fala em nome da Grande Causa, nos termos de Lacan, e assim pode dormir tranquilo frente às injustiças sociais
Sociedades meritocráticas corroem autoestima. Estimulam, em defesa, oportunismo, superficialidade e mesquinhez. Somos “livres”, mas impotentes. Saberemos reagir?
Hipóteses sobre a grande enrascada brasileira. Para descolonizar o cotidiano. Cresce campanha para que super-ricos paguem imposto. Silenciosa insurgência feminista na Espanha. Confira a edição de Outras Palavras desta sexta
Ao despolitizar o comer, vestir e consumir, rentismo global impôs às pessoas um “modo de vida imperial”. Os atos mais corriqueiros são capturados pela especulação. Repensar hábitos diários também pode ser um convite à diversidade e à resistência
Diante da persistência do horror político, ressurge a tentação de culpar a suposta “mansidão” do povo. É cômodo, porém simplório. Mais vale examinar por que desapareceu um campo político alternativo – e, em especial, como recompô-lo