Sociólogo destrincha como o bolsonarismo articula discurso antissistema, mesmo afundado em conchavos e trambiques. Agitação permanente das bases para vender imagem de líder não contaminado é essencial. Subestimá-lo é erro gravíssimo
Sob tutela do presidente, milicianos alastram o “sistema jagunço”, descrito por intérpretes do país como Euclides da Cunha e Guimarães Rosa. Anseiam a “lei na ponta do fuzil”. Como derrotá-los – e reabrir as veredas civilizatórias?
Eles já são maioria em SP e Rio. Não seguem doutrinas específicas, mas cultivam elementos de religiosidade. Porém, suas pautas culturais e de gênero e a luta antirracista muitas vezes entram em choque com a agenda moral das igrejas