OutrasPalavras

Jornalismo de Profundidade e Pós-capitalismo

Jornalistas e ex-policiais confirmam (e detalham) uma história de que se suspeitava: visando vantagens políticas e econômicas, Grupo Folha emprestou seus carros para campana e assassinato de opositores. Publicamos mais um trecho de um livro indispensável

Diário da garota judia perseguida pelo nazismo é taxada, por adultos sem imaginação, de “sexualização precoce” das crianças. Mas nesta cruzada moralista, talvez o que mais os assuste é a lição de esperança em meio ao horror de governos genocidas…

Enquanto muitos vão às ruas, a elite se recolhe. Ao ignorarem manifestações de magnitude histórica, como fez em 1984, conservadores preparam teatro de narrativas para disputar hipóteses de futuro – inclusive a de um bolsonarismo sem Bolsonaro

Após denúncia de jornal, Fiocruz esclarece que só produziu cloroquina para malária – mas governo federal pode ter desviado produto para covid-19

Páginas exaltam empresário, que seria notável e altruísta, arrependido de possuir mansão obscena. E ocultam a aproximação do banqueiro com a ditadura, os crimes de colarinho branco e os processos por sonegação de impostos e corrupção

A “Folha” e a oligarquia financeira dizem defender a disciplina fiscal. Mas não enxergam que, muitas vezes, cortar despesas significa, para o Estado, gastar mais! Saiba por que. E imagine o que se esconde por trás do argumento conservador

Atacados por Bolsonaro, profissionais também sofrem onda de demissões e negligência das empresas — que os obrigam a trabalhar mesmo infectados com o coronavírus. Redações tornam-se centros de difusão da doença

Em SP, empresas aproveitam MP de Bolsonaro e propõem redução de até 70%. “Estadão” já debate “proposta” abertamente. Sindicato denuncia: na pandemia, jornada é até maior — só pagamento cairá.

Se um lado peca, o outro também há de pecar, pensa ele. O professor quer garantir-se no centro anódino: incolor, insípido e inodoro. Teme momento em que “os mornos serão vomitados” e não estarão aqui para ver o que tanto desejaram

Paulo Henrique Amorim trabalhou na velha mídia, mas afastou-se dos poderosos. Na Record, foi desligado por denunciar atrocidades de Bolsonaro. Em época de “limpeza” em redações e jornalismo chapa-branca, fica seu exemplo de resistência