Sérgio Massa, presidente da Câmara, foi alçado a “superministro” da Economia. Sinaliza trégua entre Fernandéz e Cristina, após sucessivas danças de cadeiras na Casa Rosada. Terá grande desafio num país refém do FMI e acossado pela inflação

Nos dois países, dolarização ata as mãos dos governos. Em Buenos Aires, presidente não ousa contestar a dívida, nem garantir condições dignas de vida. No Panamá, que já nem tem moeda própria, governo insiste em “gestão de privilégios”

Na última Cúpula, Alberto Fernández reforçou o interesse do país em aderir ao bloco. Já conta com o apoio de China e Brasil. Busca investimentos em infraestrutura, saídas à dívida com o FMI e novos aliados diante de geopolítica em transe

Em Buenos Aires, cai o ministro da Economia e Fernández parece incapaz de deter a pobreza. Em Santiago, declina popularidade da Constituinte e de Boric. Nos dois casos, governos desgastam-se porque temem romper ortodoxia dos mercados

Enquanto a Argentina busca proteger-se da crise cambial, Sri Lanka mergulha em caos. Dominó global de moratórias pode estar por um sopro

Um caso notável: na Argentina, há anos, demitidos rebelam-se. Ocupam negócios quebrados e recuperam empregos, renda e vínculos locais, sob bases solidárias. Oferecem horizonte de autogestão. Agora, fazem balanço de sua experiência

Após Europa e México, plataforma que propõe autogestão dos entregadores chega ao país. Aposta em consciência ecológica e tecnologias abertas. E mostra: apoio do Estado e organização dos trabalhadores são essenciais às inovações sociais

Uruguai, Argentina, Colômbia e México ampliam as possibilidades legais do procedimento, embora as condições práticas para sua realização ainda precisem melhorar. No Brasil, riscos de retrocesso são combatidos por deputadas na Câmara e no STF

Feminismos convocam, em todo o mundo, manifestações e greves para retomar a potência dos encontros. Após dois anos de pandemia, e em meio à guerra, 8M amplia a brecha para lógicas pós-capitalistas do cuidado, partilha e circularidade

Ação hábil no Judiciário foi decisiva para a conquista: era o poder mais aberto à mudança. Mas o essencial foi longa mobilização feminista, que soube encontrar brechas no conservadorismo da população. Processo ensina muito ao Brasil