Tecnologias biológicas, formas menos nocivas de fertilizar o solo e controlar pragas, são benéficas a todos os segmentos do campo e podem dispensar corporações. Mas indústria e ruralistas agem para excluir agricultura familiar e cooperativas

Criar e implementar planos de segurança alimentar e nutricional, que conta com recursos do Estado, é crucial. Propor leis nesta direção, como o estímulo à agricultura familiar, é outra forma. E o principal: consciência da fome, tema ausente em muitas candidaturas

Após o programa de 1 milhão de cisternas, Articulação do Semiárido propõe os “200 mil sistemas de reuso”. Histórias de Zé Nosso, Zé Lito e Luzia mostram: o tratamento hídrico melhora a produção agrícola e mitiga a insegurança alimentar. Assistência técnica foi essencial

De Sarney a Lula III, programa sequer arranhou a concentração de terras no campo: só partilhou áreas da União. O orçamento é mínimo. Faltam dados. Muitos assentamentos estão irregulares. E, sem apoio, há êxodo rural. Como reverter este quadro?

No país com maior concentração de terras do planeta, a direita a rechaça e a esquerda a subestima. Mas ela será cada vez mais indispensável – para superar o passado colonial do país e alimentar a sociedade, num futuro de crise climática

Nos fundos de pasto do noroeste baiano, técnica auxilia na regeneração do bioma da caatinga e garante a subsistência das famílias. Seus resultados criam melhores alternativas à criação de gado e prova que é mais rentável do que desmatar

• Lei amplia prazos acadêmicos para mães • Investimento em agricultura familiar • SBPC defende políticas de bem estar e inclusão • Médicos portugueses em greve por melhores condições • Vegetarianos se alimentam pior? •

No semiárido baiano, as tecnologias sociais transformam a vida de famílias agricultoras. Políticas públicas, assessoria técnica e estratégias de manejo impulsionam quintais produtivos – e, apesar da seca, gerou um rentável mercado local

Ministério do Desenvolvimento Agrário lança o Plano Safra para os pequenos agricultores. Há dois problemas essenciais: recursos precisariam ser muito mais vastos; e a política implícita no programa não busca um novo modelo agrícola, mas um “pequeno agronegócio”

Esboço para um programa que pode transformar o campo brasileiro. Em vez de “agronegocinho”, governo poderia fomentar quintais agroecológicos com recursos do BNDES, apostando em assessoria técnica, infraestruturas hídricas e parcerias com movimentos sociais