Teatro Oficina lança "Os Sertões – os filmes"

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Breve, em Outras Palavras, entrevista inédita com Zé Celso

A sala de cinema da Livraria Cultura exibe, neste domingo (27/9, às 20h), em São Paulo, A Terra — primeiro de cinco filmes que resgatam a montagem teatral de Os Sertões realizada pelo Teatro Oficina entre 2002 e 2007. As partes seguintes serão apresentadas até 1º de outubro (ver horários abaixo).

O Oficina vive mais um ano marcante. Com apoio do ministério da Cultura, levou as peças da série “As Bacantes” (Taniko, o rito do mar, Cacilda, Bacantes e O Banquete) a sete capitais brasileiras, além de São Paulo. Em quase todas, os espetáculos — e os experimentos teatrais que os entremearam — foram um evento cultural e político relevante (ver, por exemplo, entrevista de Zé Celso para o site amazonense D24). Amanhã (26/9), cinquenta atores do Oficina apresentarão, na Bienal de São Paulo, “O bailado do deus morto”, de Flávio Império.

Uma entrevista ainda inédita de Zé Celso irá ao ar em breve. Foi feita em 1º de maio de 2008, pela redação de Le Monde Diplomatique-Brasil e convidados. Durou cerca de três horas e é riquíssima. Não foi aos impasses que marcaram o jornal, naquela fase.

Abaixo, a apresentação de Os Sertões – os filmes, segundo o site do Teatro Oficina:

Depois de sete anos de processo teatral, três anos de filmagem e produção, cerca de mil pessoas envolvidas (diretamente) e quase 30 horas de material editado, a Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona e a Petrobras lançam no cinema (e em cinco DVDs) a versão cinematográfica de Os Sertões, épico de Euclides da Cunha adaptado para o teatro pela Cia. Oficina sob a direção de José Celso Martinez Corrêa. A maratona de lançamento com os cinco filmes – A Terra, O Homem I, O Homem II, A Luta I e A Luta II – acontece em São Paulo entre os dias 27 de setembro e 01 de outubro, no Cine Livraria Cultura (Conjunto Nacional), em sessões abertas ao público. Já as caixas com os cinco DVDs serão comercializadas no site do Oficina a partir do mês de novembro.

Com direção geral do próprio Zé Celso, os cinco filmes são assinados por diretores distintos, que entre fevereiro e março de 2007 se revezaram para mesclar teatro e cinema na busca de uma formatação híbrida que traduzisse para as telas a “TragyComedyOrgya” que vem caracterizando a produção do Teatro Oficina. Sendo assim, Tommy Pietra (A Terra), Fernando Coimbra (O Homem I), Marcelo Drummond e Gabriel Fernandes (O Homem II), Elaine César (A Luta I) e Eryk Rocha e Pedro Paulo Rocha (A Luta II) levam para o formato HD (com som dolby 5.1) suas (trans)versões autorais da premiada obra teatral do Oficina, aprofundando a busca do grupo por uma linguagem que quebre a barreira da mera encenação e integre as artes cênicas a música, ao vídeo e ao cinema.

Câmeras diretores – Das 810 horas de material bruto, o resultado final contempla cerca de 26 horas de filme e mais extras, com os bastidores do projeto. Cada peça foi gravada na sede do Teatro Oficina no bairro do Bixiga, em São Paulo, e contou com um diretor de fotografia diferente. Todas as 11 câmeras utilizadas foram móveis, auxiliadas por uma grua (disposta na última galeria do teatro) e pela participação de um stead cam e uma flying cam, dando ao espectador a sensação de participar da cena. “Oito câmeras eram manipuladas por diretores de cinema ou diretores de fotografia”, lembra o ator e cineasta Lucas Weglinsky, que também assina a produção executiva do projeto.

Para ele, a excelência técnica alcançada pelos cinco filmes coloca a pesquisa da Cia. Oficina em outro patamar. “O resultado superou as expectativas e mostra que as diversas linguagens são ferramentas através das quais podemos assumir novas possibilidades de arte; com os cinco filmes fazemos uma trans-versão, ou seja, uma nova versão da obra teatral, que já era uma trans-versão da obra de Euclides da Cunha”. Sendo assim o público do cinema não verá a versão filmada das peças, mas uma obra com uma linguagem cinematográfica própria, que cria um percurso do olhar filtrado tanto pelos seus diretores, quanto pelas centenas de colaboradores do processo criativo das cinco peças teatrais encenadas entre 2002 e 2007 pela Cia. Oficina, sob a direção de Zé Celso.

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Um comentario para "Teatro Oficina lança "Os Sertões – os filmes""

  1. larissa vitoria de souza basilio disse:

    eu gosto muito do teatro eu prefiro esse de qualquer outro

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