Vecina: como, afinal, está a vacinação no Brasil?

• Covid: o que o governo precisa fazer agora • Chega ajuda aos povos yanomami • ANS tenta combater cesáreas na saúde privada •

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Vecina: como, afinal, está a vacinação no Brasil?

Em entrevista ao Canal Uol, o médico sanitarista e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, Gonzalo Vecina, fez dois alertas sobre como o ministério da Saúde deveria estar tratando a covid desde já. O primeiro diz respeito à necessidade de pôr um “freio de arrumação” na vacinação. Mas não apenas isso: é preciso prestar contas detalhadas à sociedade da situação em que o Brasil se encontra. Há novos contratos de compras? Quando chegam as vacinas? O que há em estoque? A vacina bivalente chegará ao Brasil? O segundo alerta diz respeito à produção do imunizante que combate não apenas a variante original da covid, mas também a ômicron. Vecina reflete que a Pfizer não tem condições de produzir a quantidade necessária da bivalente para todo o mundo. Será que estão sendo feito contratos de transferência de tecnologia com a Fiocruz e Instituto Butantan? Seria a hora certa para isso, em sua opinião.

Governo chega à terra yanomami para entender crise sanitária grave

A mudança radical e necessária prometida pelo governo Lula em relação aos povos indígenas já se mostra em curso nos primeiros dias do mandato, como mostra matéria do G1. Na segunda-feira, uma equipe foi enviada à Terra Indígena Yanomami por dez dias para compreender qual a situação de saúde daquele povo e pensar em planos para sair da crise. O conflito com garimpeiros na região tem causado consequências graves à saúde dos indígenas. Desde contaminação dos rios pelo mercúrio utilizado na atividade até os ataques frequentes às comunidades. Há também um grave surto de malária e uma situação de desnutrição grave entre os yanomami. A equipe enviada se dividirá para coletar informações sobre os postos de saúde, os insumos que há em estoque e as demandas da população na terra indígena; e para organizar o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) de Boa Vista, em Roraima.

ANS vai certificar planos de saúde que combatem cesáreas desnecessárias

O Brasil é campeão em realização de parto cirúrgico, algo que vai na contramão do que é indicado às mulheres por entidades como a Organização Mundial da Saúde. Optar pelo parto normal também é uma diretriz do SUS, mas na saúde privada a cesárea predomina. Para tentar combater os procedimentos supérfluos, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai lançar neste ano uma certificação para reconhecer planos de saúde que promovam o parto adequado. No Brasil, o índice geral de partos cirúrgicos em 2021 foi de 57%, mas na rede privada passou de 80% – a OMS recomenda que seja de no máximo 15%.

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