Vacina da Moderna está pronta para aprovação nos EUA

Agência reguladora publicou análise independente em que confirma eficácia de 94%. Autorização deve sair na sexta-feira

Foto: Willfried Wende/ Pixabay
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A vacina da Moderna (que não está no radar brasileiro) está prestes a ser aprovada para uso emergencial nos Estados Unidos. A FDA, agência reguladora do país, liberou ontem os dados completos enviados pela farmacêutica e sua própria análise independente das informações. Ela confirma a eficácia de 94% na prevenção de infecções sintomáticas, sem diferenças entre participantes de diferentes idades, etnias e gênero. Como aconteceu com a Pfizer, um painel externo de especialistas vai fazer mais uma avaliação na quinta-feira e tudo indica que a FDA deve autorizar o imunizante no dia seguinte. As primeiras doses podem começar a ser distribuídas na semana que vem. 

Uma observação importante é em relação aos casos assintomáticos. Foi feita uma avaliação preliminar, com testes em um número pequeno de pessoas sem sintomas. Foram encontrados, após a segunda dose, 14 infectados no grupo da vacina e 38 no grupo placebo. Isso pode indicar que essa vacina ajuda a conter a transmissão, mas os números não são conclusivos. 

Houve mais reações adversas do que nos testes com a vacina da Pfizer. Com a da Moderna, a maioria dos voluntários teve algum tipo de reação (como fadiga e dor muscular), mas em geral elas duraram apenas um dia e não são realmente uma fonte de preocupação. Um efeito que também apareceu nos estudos da Pfizer foi a paralisia de Bell, uma fraqueza temporária nos músculos do rosto. Com a Pfizer, houve quatro casos no grupo que recebeu a vacina e nenhum no que recebeu o placebo; na Moderna, foram três no grupo da vacina e um no do placebo. Os casos continuarão sendo rastreados, mas a FDA acredita que não há evidências de que os imunizantes foram a causa do problema. A cada ano, 40 mil casos desse distúrbio são identificados nos EUA, e anos de pesquisa nunca encontraram nenhuma ligação entre ele e qualquer vacina administrada, diz o New York Times.

A propósito: diante do descontentamento de vários países com sua demora, a EMA (reguladora europeia) antecipou a reunião em que vai avaliar se autoriza a vacina da Pfizer. Em vez do dia 29 de dezembro, o encontro vai ser no dia 21. 

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