Senado aprova PEC para piso da enfermagem

• Mais uma garantia ao Piso da Enfermagem • Mortes entre homens por HIV voltam a subir • 2023 será mais quente • Cólera e mudanças climáticas • Diabetes e desigualdades • Podcast Favela e Ciência •

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A Proposta de Emenda à Constituição 42/2022, que estabelece as fontes de financiamento para o piso da enfermagem, foi aprovada pelo Senado Federal. Os pisos estabelecidos de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem, e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras serão garantidos através do superávit financeiro de fundos públicos do Executivo e do Fundo Social. A lei do piso salarial para o setor já havia sido aprovada em todas as instâncias e estava em vigor desde agosto, mas foi suspensa pelo STF devido à falta de transparência quanto ao seu custeio. 

HIV: mortes entre homens voltam a subir no Brasil

A contaminação por HIV entre homens voltou a crescer no Brasil em 2021, após 7 anos em queda: foram 12.511 diagnósticos contabilizados pelo ministério da Saúde, o que representa um aumento de 8% em comparação a 2020. Os mais afetados são homens negros, representando 58,5% do total de casos. O número de óbitos decorrentes da aids – doença desenvolvida quanto o HIV não é diagnosticado e tratado – também cresceu, com 363 vítimas do sexo masculino a mais do que em 2020 e 59% do total sendo negros. Em 2011, a maioria dos diagnósticos de HIV positivo foi detectado em homens brancos, que somavam 46,1% do total. Segundo apontou um relatório da Unaids, a desigualdade se tornou o maior fator de risco para a contaminação pelo vírus e o desenvolvimento da Aids, enquanto as políticas de combate à doença no Brasil foram drasticamente enfraquecidas. 

2023 será mais quente que 2022, e o ano mais quente da história

O próximo ano será mais quente do que este e um dos mais quentes já registrados, segundo uma previsão do Met Office do Reino Unido. O instituto sugere que 2023 será o 10º ano consecutivo em que a temperatura global estará pelo menos 1°C acima da média; além disso, o fim do La Niña – fenômeno climático natural que promove um efeito de resfriamento – poderá contribuir para a sensação de aquecimento. Os governos em todo o mundo prometeram reduzir as emissões para manter o aumento da temperatura abaixo de 1,5°C, mas especialistas e cientistas criticam a falta de ações concretas que respondam com a urgência necessária ao aquecimento global. 

OMS: surto de cólera é consequência de mudanças climáticas 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou surtos de cólera em 26 países com o crescimento acentuado das taxas de mortalidade. O Haiti é um dos focos mais preocupantes, com o registro de 280 mortes pela doença desde outubro. Segundo o órgão internacional, a explosão de casos está diretamente ligada às mudanças climáticas. “Os fatores que causam o cólera são sempre os mesmos. Mas este ano temos um fator ainda mais importante: o impacto direto das mudanças climáticas, com uma sucessão de grandes secas, inundações sem precedentes em algumas partes do mundo e ciclones que amplificam a maioria dessas epidemias” afirmou o epidemiologista responsável pela luta contra a cólera na OMS, Philippe Barboza. 

Diabetes: disparidades raciais estão mais fortes do que nunca

Apesar dos avanços nos tratamentos com insulina nos últimos 30 anos, as disparidades em seus resultados aumentaram, segundo um novo estudo da JAMA Network Open. A parcela de mexicanos-americanos que tomaram insulina e alcançaram um controle satisfatório do açúcar no sangue caiu de 25% entre 1988 a 1994 para 10% entre 2013 e 2020. Os resultados do grupo se afastam cada vez mais daqueles observados entre pacientes brancos não-hispânicos, que mantiveram o controle estável em 33% nas últimas décadas. Especialistas apontam que o problema está ligado à desigualdade no acesso ao sistema de saúde nos Estados Unidos; o aumento do preço da insulina e o baixo acesso a tecnologias que ajudam a monitorar o açúcar no sangue, por exemplo, são causas da disparidade. 

Fiocruz divulga novos episódios de podcast Favela e Ciência 

Como os territórios populares participam da produção científica e da construção de conhecimento? Quais são e como se configuram os saberes válidos para as instituições nacionais? É com essas perguntas iniciais que a Fiocruz divulgou novos episódios do Podcast Favela e Ciência, que tem como objetivo reforçar os debates sobre acesso e produção de conhecimento em territórios populares. O conteúdo foi criado após uma série de atividades durante a 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) no campus sede da Fiocruz, no Fundão (UFRJ) e em escolas da rede pública de Manguinhos e Maré junto a organizações populares de ambos os territórios. 

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