Reino Unido e Noruega recomendam dose única para adolescentes mais novos

Orientação se baseia na alta resposta imunológica dessa faixa etária e busca evitar efeitos adversos. Necessidade de segunda dose será avaliada adiante

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O Reino Unido tem hesitado em autorizar a vacinação contra covid-19 para pessoas entre 12 e 15 anos sem comorbidades – e tem recebido muitas críticas por conta disso. Ontem, finalmente, cientistas do governo aprovaram uma recomendação. Mas com uma diferença em relação ao que vem sendo feito em outros lugares: esses adolescentes devem receber apenas uma dose do imunizante, que será da Pfizer/BioNTech.

A preocupação das autoridades britânicas quanto a essa faixa etária se deve a um efeito adverso muito raro das vacinas de mRNA: a miocardite, uma inflamação no coração que tem sido mais comum em pessoas jovens, particularmente do sexo masculino, e que em geral acontece após a segunda dose. O risco de isso acontecer é muito baixo (e, apesar de requerer hospitalização, o problema é temporário e a maior parte das pessoas se recupera dentro de um mês). Mas o risco de ter covid-19 grave nessa faixa etária também é muito baixo – daí a cautela.

A decisão de oferecer somente uma dose a essa população já foi tomada também pela Noruega, pelos mesmos motivos. A aposta é que, se uma injeção já protege bem adultos, provavelmente a resposta será melhor ainda entre adolescentes, e pode ser o bastante. Mas, tanto na Noruega como no Reino Unido, o efeito e a necessidade da segunda dose serão avaliados com o tempo.

No caso do Reino Unido, apesar da recomendação, a decisão final será tomada individualmente pelos ministros da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

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