Vacinação pode estar salvando Rio de uma tragédia maior

Apesar do recorde de casos em agosto, hospitalizações e óbitos não acompanharam o crescimento. Mas momento ainda é de cautela: estabilização se deu em patamar elevado

Foto: Sergio Moraes / Reuters
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Embora a cidade do Rio de Janeiro tenha registrado em agosto o maior número de casos de toda a pandemia (41 mil), o mesmo não aconteceu com as hospitalizações e óbitos – eles se mantiveram estáveis. Até agora, o pico de internações na capital aconteceu em março, com 9,1 mil registros. Depois elas caíram e, desde junho, estão em um patamar de cerca de 4 mil por mês. Já a média móvel de óbitos chegou a 127 em abril e fechou agosto em 60. Os dados foram analisados pelo UOL a partir do do Sivep-Gripe (Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe). 

A reportagem traz alertas sobre as limitações da contagem porque o processamento dos dados de agosto ainda não terminou: há 949 casos de internação ainda em investigação ou sem diagnóstico. Mesmo se todos eles forem de covid-19, o número estará longe de acompanhar o da alta nas infecções.

Vale ressaltar que estabilidade nem sempre é uma coisa boa: a taxa de ocupação dos leitos de UTI covid no Rio estão acima de 90% segundo o Observatório Covid-19 da Fiocruz; no estado, ela é de 66%. Mas, considerando que a temida variante Delta passou a dominar a capital, não deixa de ser um alívio ver esse descompasso entre casos e hospitalizações. 

Especialistas e autoridades ouvidos pelo UOL avaliam que o fenômeno é explicado pela vacinação. Na semana passada o município chegou a 56,5% dos adultos com esquema vacinal completo e 97,6% com a primeira dose – o número real pode ser um pouco mais baixo, já que o percentual engloba pessoas do interior do estado que se vacinaram na capital.

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