Reajuste nas bolsas Capes e CNPq

• A volta da valorização da ciência brasileira • Ameaça de sarampo na América Latina • Preocupação com vírus na Guiné Equatorial • Medida drástica para evitar câncer de ovário? • Vitamina D pode conter demência •

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Em encontro realizado no Centro Universitário Maria Antonia da USP, no centro de São Paulo, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Barros, anunciou reajuste para os bolsistas de pesquisa e extensão do país, sufocados pela política de cortes do setor. “Apresentamos uma proposta de reajuste e de expansão da oferta de bolsas em todos os níveis. Essa proposta foi aprovada e está aguardando a agenda do presidente Lula para ser anunciada, o que deve ocorrer nos próximos dias”, explicou Barros. “Nossas expectativas de recuperação do financiamento, de planejamento, de apoiar iniciativas de qualidade estão se tornando realidade. Reforço a disposição das universidades paulistas, estaduais e federais, em colaborar com o ministério”, afirmou Carlos Gilberto Carlotti Junior, reitor da USP, em matéria do portal da Universidade.

Sarampo volta a ameaçar

Mais um resultado do recuo da cobertura das taxas de vacinação se apresenta à saúde pública. Trata-se do sarampo, doença da qual diversas partes do mundo, entre elas o Brasil, haviam sido declaradas livres. No entanto, com a continuidade de sua circulação pelo ambiente e o retrocesso da imunização, a doença que atinge sobretudo crianças volta a preocupar. “A vacinação e a vigilância epidemiológica das doenças evitáveis por vacinação são serviços de saúde essenciais e não devem ser interrompidas”, publicou a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). O órgão estima que 1,7 milhão de crianças que habitam as Américas não receberam a vacina contra sarampo em seu primeiro ano de vida.

Vírus similar ao ebola mata 9 na Guiné Equatorial

Entre os dias 7 de janeiro e 7 de fevereiro, 9 pessoas faleceram do vírus Marburg, uma derivação do agente causador do ebola, na Guiné Equatorial. O país divulgou que 4.325 pessoas seguem quarentena e observação. Segundo matéria de O Globo, a zoonose é oriunda de morcegos que se alimentam de frutas e pode ser transmitida ao ser humano pelo seu simples contato em superfície contaminada. Descoberto na Alemanha em 1967, o vírus já causou pequenos surtos em diversos países africanos e sua taxa de letalidade pode chegar a 88%. A OMS convocou reunião especial para com o consórcio que já trabalha no desenvolvimento de uma vacina ao Marburg, mas sua baixa incidência é uma barreira ao financiamento de pesquisas. Por ora, Camarões fechou a fronteira com a Guiné Equatorial para pessoas que tenham sintomas da doença.

Remover trompas para evitar câncer de ovário

A medicina norte-americana acaba de trazer a público um debate que estava oculto entre especialistas a respeito do câncer de ovários. Trata-se da remoção total das chamadas trompas de Falópio, canais que ligam o ovário ao útero. Segundo diversos especialistas, essa radical recomendação visaria proteger mulheres que não pretendem engravidar, pessoas trans e não binárias com risco médio de desenvolver a doença. Um dos principais motivos alegados é que este tipo de câncer é de difícil detecção precoce e boa parte das mulheres sequer têm acesso a exames que poderiam preveni-lo. “A triagem de prevenção para câncer de ovário não funciona. E é provavelmente por causa da biologia da doença. É improvável que haja um teste de triagem para isso. Então, a remoção é o que nos resta como prevenção primária”, explicou Evan Myers, professor de obstetrícia e ginecologia ouvido pelo Washington Post, em matéria traduzida pelo Estadão.

Vitamina D pode conter demência

Estudos preliminares da Tufts University, no estado de Massachusetts, nordeste dos EUA, consideram que índices altos de vitamina D no cérebro podem estar conectados com maior resistência ao declínio cognitivo. Isso significa que doenças que levam à demência, como Alzheimer, podem evoluir mais lentamente ou até deixar de fazê-lo conforme tal substância aparece com maior incidência no sistema nervoso. No entanto, como explica matéria da Revista Galileu, tais estudos são preliminares e deve-se ressaltar que a vitamina D varia em grupos raciais e étnicos, ao passo que a pesquisa foi realizada predominantemente com pessoas brancas. Assim, recomendam que não se exagere em seu consumo.

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