Queiroga sinaliza redução do intervalo entre doses da vacina da Pfizer

Mudança acontece após embalo no envio de doses e aviso de que janela de três meses, praticada pelo Brasil, não tem respaldo nos estudos clínicos

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Por Leila Salim

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Seguem as idas e vindas na discussão sobre o intervalo a ser adotado para a vacinação com o imunizante da Pfizer no Brasil. Ontem, Marcelo Queiroga declarou à coluna de Mônica Bergamo que é “muito provável” o anúncio oficial da redução do intervalo atualmente praticado, de três meses para 21 dias.

A verdade é que o prazo de 21 dias é o previsto na bula do imunizante, mas considerando a reduzida oferta de vacinas, o ministério havia decidido ampliar o intervalo para conseguir aplicar a primeira dose em um número maior de brasileiros. A mesma conta foi feita quanto à vacina da AstraZeneca, quando se decidiu que o intervalo praticado seria de 12, e não de oito semanas. 

Mas, no caso da AstraZeneca, o prazo de três meses, que deve ser mantido, é mesmo o previsto pela farmacêutica como o ideal para a eficácia da vacina. Já a Pfizer lembrou, através de sua assessoria no Brasil, que a segurança e eficácia do imunizante foram avaliados apenas no esquema de dosagem com intervalo de 21 dias

Queiroga declarou ainda que, mesmo mantido o cronograma atual de entregas da Pfizer, sem antecipação na remessa de doses, a redução do intervalo já seria possível. A mudança  só dependeria da capacidade logística para distribuição dos imunizantes, que como se viu não é das melhores. A palavra final, segundo o ministro, caberá aos técnicos do Programa Nacional de Imunizações, que já estariam discutindo o assunto. 

De acordo com o atual contrato, a Pfizer deverá entregar mais 170 milhões de doses ao Brasil até dezembro. 

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