PÍLULAS | Surto de sarampo: SP investiga 25 possíveis novos casos
• Sarampo em SP • Tratamento contra malária na Fiocruz • Equipamento de exame de vista mais barato • Silêncio sobre irregularidades de planos de saúde • Vacina contra HPV: uma dose pode ser suficiente •
Publicado 13/04/2022 às 05:30 - Atualizado 13/04/2022 às 00:01
O estado confirmou recentemente da doença em um bebê de um ano e investiga outros 25 possíveis diagnósticos em meio a um risco de surto devido à queda na cobertura vacinal – que, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, alcançou apenas 75% das crianças pertencentes ao público-alvo em 2021. Em nota, a secretaria justifica a baixa adesão à campanha de vacinação contra a covid. No estado, o público-alvo infantil engloba 12,9 milhões de crianças. A vacina tríplice viral, que protege não só do sarampo, como de caxumba e rubéola, faz parte do Programa Nacional de Imunização (PNI). Depois de ter sido erradicado no país, em 2016, o sarampo voltou a provocar casos a partir de 2017, levando a um surto em 2019 com quase 21 mil diagnósticos confirmados apenas naquele ano, segundo o ministério da Saúde.
Fiocruz: novo medicamento e tratamento completo contra a malária
O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), da Fiocruz, registrou um novo medicamento contra a doença na Anvisa, e que é considerado inovador e mais eficaz do que os atualmente disponíveis para o tratamento da malária: a Primaquina. Agora, a população brasileira ganha acesso ao tratamento completo da doença pelo SUS por meio do Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária. Parte já do portfólio institucional de Farmanguinhos, o remédio teve a composição atualizada a partir de estudos de outros medicamentos contendo o mesmo princípio ativo, que estão disponíveis no exterior. Em 2021, o Ministério da Saúde informou que o Brasil registrou um total de 145.188 casos da doença, que é endêmica na região da Amazônia – onde estão quase 40% dos casos.
Retinógrafo desenvolvido no Brasil é inovador e mais barato
Principal método utilizado por oftalmologistas para examinar a retina e diagnosticar uma série de doenças é limitado nas clínicas, por ter alto custo. Com apoio do Programa PIPE/PAPPE Subvenção – que reúne recursos dos programas de incentivo à pesquisa da Fapesp – a empresa paulista Eyetec desenvolveu um aparelho que pode custar cinco vezes menos que os modelos de hoje. Seus desenvolvedores conseguiram uma redução drástica da quantidade de componentes para fabricação do equipamento, possibilitando uma considerável redução dos custos, cujo grande diferencial foi a troca de determinados materiais caros de iluminação, por anéis de LED.
Por que alguns médicos não denunciam irregularidades de planos de saúde
Das cerca de 100 queixas que profissionais de saúde apresentaram à ANS, em 2021, por supostos conflitos contratuais com operadoras de convênios médicos, apenas nove resultaram em autos de representação que podem acarretar alguma punição às empresas. Segundo a Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina (APM), o número de reclamações que chegam à agência está muito aquém da real dimensão dos conflitos. E, ou por demora de resolução, ou por medo de prejuízo com as empresas, muitos profissionais não registram queixas. Uma pesquisa, feita no final de março, aponta que a grande maioria dos médicos já sofreu diversas restrições de autonomia pelos planos.
Vacina contra HPV: uma única dose basta, segundo a OMS
A dose única da vacina contra o HPV oferece proteção robusta contra o vírus que causa o câncer de colo do útero em pessoas até 20 anos. A proteção se compara aos esquemas de duas ou três doses, segundo as descobertas do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização da OMS. Segundo a organização, a descoberta pode ser um divisor de águas para a prevenção da doença, uma vez que a dose única poderia ser aplicada em um número maior de pessoas. Mais de 95% dos casos do câncer do colo do útero são causados pelo HPV, vírus transmitido sexualmente. A doença é o quarto tipo de câncer mais comum em mulheres em todo o mundo, com 90% delas vivendo em países de baixa e média renda.