PÍLULAS | Piso da enfermagem é aprovado
Aprovada PEC para piso da enfermagem | Reportagem revela: caridade não garante vacina | Mudanças climáticas agravam violência de gênero | Dispositivo da USP – São Carlos já prevê enchentes l Sistema monitora múltiplos fatores das cheias e será testado no Acre
Publicado 15/07/2022 às 14:33
Aprovada PEC para piso da enfermagem
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (13), a proposta de emenda à Constituição que viabiliza, enfim, piso salarial da Enfermagem. A PEC deverá ser aprovada pelo Senado e entrará imediatamente em vigor firmando o piso salarial de R$ 4.750 para os profissionais. A PEC foi criada para dar sustentação ao Projeto de Lei 2564/20, do senador Fabiano Contarato (PT), responsável por aumentar o piso na prática; agora, o PL segue para a sanção presidencial. “Esta é uma vitória de toda a categoria, que de forma extremamente articulada, reuniu apoios da esquerda, da direita e do centro em um raro consenso de que é fundamental valorizar a maior força da saúde deste país”, afirmou Betânia Santos, presidente do Conselho Federal de Enfermagem.
Reportagem revela: caridade não garante vacina
Matéria da revista Nature publicado nesta semana faz coro com uma ideia sustentada há muito, pelos que se opõem à saúde-mercadoria. A caridade de países ricos é insuficiente para garantir vacinas a todo o planeta, sustenta o texto. Além disso, fala de “um modelo de ciência aberta” e livre como mais promissor para enfrentar a dependência entre nações. Por meio de depoimentos de profissionais da saúde que atuaram em países pobres durante a pandemia de covid-19, a reportagem narra a falta de medicamentos e tecnologias e a precarização do trabalho de enfermeiros e médicos – que, em muitos casos, não foram nem vacinados. A “dependência da boa vontade limitada de países do norte global”, onde se encontram a maioria das grandes empresas farmacêuticas, é apontada como o principal problema.
Mudanças climáticas agravam violência de gênero…
Um estudo da Universidade de Cambridge (Reino Unido) concluiu que as mudanças climáticas podem estar relacionadas a violência de gênero. Segundo a pesquisa, eventos climáticos extremos induzidos pelas mudanças ambientais devem aumentar nos próximos anos, como o calor extremo, fortes tempestades e ciclones tropicais. Esses eventos agravam as más condições econômicas e sociais, o que pode criar circunstâncias que resultem em comportamentos violentos. No caso, o artigo ressalta a violência de gênero – abuso físico, sexual e doméstico – após uma pesquisa detalhada em dez bancos de dados para entender a ligação entre violência de gênero e as ocorrências de desastres naturais.
… ao causarem estresse mental e insegurança econômica
Foram encontrados 26 mil resultados e, após aplicados os critérios de seleção, a equipe acabou com 41 amostras. Elas incluíam pesquisas que descrevem estresse mental, abuso de substâncias, dificuldades econômicas, insegurança alimentar e infraestrutura social precária após o início do evento climático extremo. Esses eventos climáticos estavam ligados a várias formas de violência de gênero, desde agressão física e sexual até casamento forçado, tráfico e abuso psicológico.
Dispositivo da USP – São Carlos já prevê enchentes
Uma tecnologia desenvolvida pela USP – São Carlos emitirá em tempo real alertas contra enchentes, problema que tem afetado diversas cidades brasileiras em tempos de fortes chuvas. O sistema será instalado primeiramente em Rio Branco, Acre, que em março deste ano vivenciou o transbordamento do Rio Acre e o alagamento de ruas e casas de cinco bairros. Pelo menos 100 famílias foram afetadas.
Sistema monitora múltiplos fatores das cheias e será testado no Acre
Batizado de e-Noé, o dispositivo é composto por uma rede de sensores submersos que monitoram o nível de rios e córregos urbanos, instalados em pontos do manancial sujeitos a transbordamento. Os sensores detectam alterações na coluna d’água e trocam informações entre si por meio de uma rede de comunicação sem fio. Em paralelo, câmeras fotografam o leito do rio, registrando o nível das águas e, por fim, essas imagens são enviadas, junto asinformações dos sensores, para uma nuvem acessada pela Defesa Civil do município e pela população.