Ministro propõe economizar oxigênio para evitar a falta

“Muitas pessoas chegam aos hospitais e aí, às vezes, a primeira providência é colocar o oxigênio nasal em quem não precisa”, disse Marcelo Queiroga ao Senado

Foto: Edmar Barros
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O ministro da Saúde anunciou o que precisa ser feito para evitar a falta de oxigênio medicinal neste exato momento, quando o coronavírus corre solto por todo o país. Confinamentos severos para baixar urgentemente a transmissão? Não: uma campanha para economizar o insumo. “Todos sabemos que muitas pessoas chegam aos hospitais e aí, às vezes, a primeira providência é colocar o oxigênio nasal em quem não precisa do oxigênio. Então, vamos tentar economizar. Vamos fazer grande campanha, junto aos profissionais de saúde, para o uso racional do oxigênio”, disse Marcelo Queiroga.

Enquanto isso, ele continua dizendo que vai trabalhar “para que não ocorra lockdown“. Continua, também, sem explicar como fará isso.

Pode até ser que esse e outros protocolos durante a hospitalização precisem ser revistos. A própria gestão das UTIs pode melhorar e aumentar a disponibilidade de leitos, mesmo sem que seu número seja alterado. Mas o sistema se encontra estrangulado como nunca esteve antes. São milhares de pacientes na fila em todo o país. Insinuar que a responsabilidade pela crise é dos profissionais de saúde, que estariam desperdiçando oxigênio com quem não precisa, é no mínimo um desrespeito tremendo…

A ideia foi defendida em uma sessão do Senado. Queiroga também disse que a pasta está trazendo 13 caminhões-tanque do Canadá (sendo que ao menos 50 seriam necessários) para ajudar no transporte de oxigênio entre estados. E que tem negociado com a indústria o aumento na fabricação. A mensagem que fica é a seguinte: a ameaça de que o país todo passe pelo que Manaus viveu é muito, muito real.

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