Mais de uma semana depois, a situação precária do Amapá

Nove dias após o apagão, bairros pobres ainda sofrem com falta de energia. Crescem argumentos contra privatização da Eletrobrás.

Em comunidade do distrito de Macapá, população bebe água do mar. Foto: Dayane Oliveira
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Nove dias depois do apagão que deixou quase o Amapá inteiro sem luz, o problema ainda não foi inteiramente resolvido. O Ministério de Minas e Energia disse ontem que 80% da energia seria restabelecida em breve, e prometeu o retorno a 100% da carga na próxima segunda-feria.

Enquanto isso, vários bairros na capital seguem com dificuldades, especialmente os mais pobres. Em um deles, Congós, “a lata d’água na cabeça voltou a ser uma rotina das mulheres”, diz a matéria da Folha. Sem energia, não é possível bombear a água que vinha de poços artesianos. Por ali não é coleta de esgoto nem de lixo, e os rejeitos vão direto para a água do lago.  O líquido chega às casas barrento e, obviamente, impróprio para o consumo. Já aumentou o adoecimento das crianças, que apresentam diarreia e vômito.  No arquipélago de Bailique, que é distrito de Macapá, a população está bebendo água do mar. “Nós estamos passando mal aqui no Bailique, tem gente que está adoecendo por causa da água salgada”, diz uma moradora, Luiza Bruno, no Brasil de Fato. 

A subestação danificada é majoritariamente operada por uma empresa privada, o que levou parlamentares a bons argumentos contra a privatização da Eletrobrás. É a Eletronorte, subsidiária da estatal, que foi chamada para restabelecer o serviço.

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