Covid aumenta risco de Alzheimer em idosos

• Alzheimer e covid • Cólera pode voltar ao Haiti • Inclusão de remédios no Farmácia Popular • A evolução humana segundo nobel de medicina • Fuligem em São Paulo veio da Amazônia • Aumento abusivo de hormônio masculino •

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Risco de Alzheimer dobrou em idosos que contraíram covid

Um estudo publicado no Journal of Alzheimer’s Disease, a partir de amostras de exames de cerca de 6,2 milhões de pessoas nos EUA, mostrou que o risco de se receber um diagnóstico de Alzheimer duplicou em pessoas a partir de 65 que contraíram covid. Por meio de uma plataforma algorítmica, o estudo analisou inicialmente 95 milhões de pacientes, de 50 estados do país, com distribuição étnica, racial e geográfica correspondente. Foi em sua segunda fase, quando o estudo fez um recorte para pessoas a partir de 65 que nunca tinham recebido tal diagnóstico e foram ao médico entre fevereiro de 2020 e maio de 2021, que se chegou ao número. O estudo também aferiu que negros e latinos, que contam com condições socioeconômicas inferiores, tiveram taxas um pouco mais altas de possibilidades de desenvolver a doença. Heather Snyder, médica e membro da Associação Alzheimer, disse ao Medical News Today que, diante da novidade da covid e da pouca quantidade de pesquisa acumulada, os estudos ainda não podem ser considerados conclusivos. 

Haiti de novo sob a sombra da cólera

Há cerca de três anos, 10 mil haitianos morreram vítimas de uma epidemia de cólera. Agora, o registro de 7 mortes pela doença confirmadas pelas autoridades faz ressurgir o temor de um possível novo surto da enfermidade no país caribenho. Em entrevista coletiva no domingo (2/10), o ministro da Saúde, Laure Adrien, informou que o número de óbitos pode ser maior do que o registrado, visto que “a maioria das vítimas morreu em suas comunidades e não puderam ir aos hospitais”. A pasta disse que está tomando medidas para limitar a propagação do vírus; a maioria dos casos suspeitos foram detectados na capital, Porto Príncipe, e no subúrbio costeiro de Cité Soleil.  

Cinco novos fármacos incluídos a Farmácia Popular – sob desmonte

Simpósio do Ministério da Saúde sobre o Dia Mundial do Coração, realizado no dia 29, anunciou a incorporação de cinco novos medicamentos para hipertensão e diabetes pelo Farmácia Popular, programa federal de aquisição e distribuição de remédios. Quatro deles combatem hipertensão arterial – todos gratuitos na rede pública. Já o dapagliflozina 10 mg trata a diabetes mellitus tipo 2, associada à doença cardiovascular e será disponibilizado em modalidade de copagamento, como informa a Agência Estado. No entanto, o programa sofreu redução de 60% em seu orçamento para 2023, o que coloca em xeque a efetivação das aquisições governamentais. “É menos verba para comprar mais (medicamentos). Vai ter de ter uma recomposição do orçamento do programa, porque senão a conta não vai fechar”, disse Telma Salles, presidente da Associação Pró–Genéricos. Além do Farmácia Popular, todo o orçamento do ministério mais importante no Brasil governado sob Bolsonaro sofreu perda de financiamento, como já demonstrou o Outra Saúde

Nobel de medicina fala sobre evolução humana

O pesquisador sueco Svante Pääbo foi o vencedor do Prêmio Nobel em Medicina de 2022, após desvendar os genomas de hominídeos extintos – membros desaparecidos do grupo de primatas ao qual pertencem os seres humanos. Pääbo também foi responsável por coordenar, há uma década, os trabalhos que sequenciaram o DNA completo do homo neanderthalensis e foi um dos primeiros pesquisadores a demonstrar que era possível obter material genético de humanos que morreram há milhares de anos. 

Fuligem na atmosfera é consequência de desmatamento na Amazônia

Em 2019, o céu da cidade de São Paulo amanheceu com nuvens escuras que cobriam todo o céu: a fumaça vinha dos incêndios na floresta Amazônica. Agora, um artigo publicado na revista Atmosphere encontrou uma relação entre a presença da fuligem e o tipo de uso da terra na Amazônia. Com o intuito de avaliar as propriedades óticas da fuligem suspensa no ar na Amazônia, os chamados aerossóis carbonáceos, foram colhidos dados posteriormente cruzados com mapas sobre o uso do solo. A descoberta foi de que quanto mais devastada está a floresta, maior é a presença de black carbon, a fuligem proveniente de queimadas e que está relacionada com as mudanças climáticas.

Preço abusivo de remédio para hormonização com testosterona

Após uma permissão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, a farmacêutica brasileira EMS está liberada para aumentar em 380% o valor do medicamento Deposteron (cipionato de testosterona), de fabricação própria. O produto é um dos mais utilizados para hormonização masculina, tanto de homens cisgênero quanto de homens transgênero. Na tabela de preços máximos ao consumidor divulgada em abril deste ano pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o Deposteron deveria custar cerca de R$52,55; a tabela de setembro mostra o preço de R$ 252,49. O medicamento era considerado um dos mais acessíveis à base de testosterona junto com o Durateston, que tem um preço máximo definido de R$15,04 – mas, com o aumento, podem ocorrer dificuldades de prescrição e compra na falta do Durateston. 

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