Consea fecha as portas

Esvaziado por Bolsonaro no início do ano, conselho importante para combate à fome acabou ontem. Leia também: Cidades históricas e todo o bioma Pantanal estão sob ameaça de barragens; a intimidade entre a Coca e funcionários da Saúde nos EUA; e muito mais

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MAIS:
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FECHOU AS PORTAS

O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), alvo de uma das primeiras ações de Bolsonaro no poder, fechou suas portas ontem. O Brasil de Fato fala de  políticas formuladas com a contribuição do conselho: o Programa de Aquisição de Alimentos e o Programa Nacional de Alimentação Escolar são dois importantes exemplos do que foi feito no combate à fome e para desenvolver pequenos produtores. O primeiro foi lançado em 2003, como um braço do Fome Zero, para comprar alimentos da agricultura familiar e doá-los a entidades que atendam a pessoas em situação de insuficiência alimentar e nutricional. Já o segundo foi ampliado em 2009 para que 30% das verbas federais com a compra de alimentos para as escolas fossem destinadas para a compra direta da agricultura familiar, de assentamentos e de comunidades tradicionais.

Agora, o Ministério da Cidadania, com Osmar Terra no comando, vai ser responsável pela política de segurança alimentar e nutricional. Os Conseas estaduais e municipais, porém, seguem existindo. 

Ainda há mobilizações para mudar a situação. No fim de semana uma manifestação no Rio teve uma mesa de um quilômetro com pratos vazios e marcou o lançamento da Frente Ampla contra a Fome e o Direito à Alimentação. Haverá novos atos, inclusive um nacional no dia 27 de fevereiro, na abertura do ano legislativo, para convencer parlamentares a revogar parte da Medida Provisória que extinguiu o Conselho. 

A PRÓXIMA TRAGÉDIA

A população que vive no entorno das outras mais de 800 barragens de rejeitos Brasil afora está apavorada, e com razão. Mesmo quando a barragem não é considerada de alto risco – afinal, a do Córrego do Feijão também não era. No El País, a reportagem de Joana Oliveira fala de algum desses lugares. Como Paracatu, onde fica a maior mina de ouro a céu aberto no mundo. Da canadense Kinross Gold Corporation, ela armazena em uma barragem cerca de 547 milhões de metros cúbicos de rejeitos, simplesmente 42 vezes mais do que a que rompeu em Brumadinho. Os dois bairros mais populosos da cidade estão abaixo dela.

No meio do Pantanal, uma barragem da Vale similar à da Mina do Feijão pode destruir todo o bioma em caso de rompimento. Há ao todo 16 barragens de minério de ferro no Mato Grosso do Sul, todas em Corumbá – e 12 de alto risco. E em Itabira, terra de Drummond e berço da Vale, quatro barragens têm 490 milhões de metros cúbicos de rejeitos. A maior delas, com  220 milhões, passa desde o ano passado por um processo de alteamento dos muros, em 15 metros, para que caibam mais rejeitos. 

“Congonhas [do Campo] tem barragem da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) muito maior que as que romperam aqui em Brumadinho.  Caso rompa, o rejeito chega em oito segundos a um bairro de mais de 5 mil habitantes no centro urbano do município”, afirmou à Rede Brasil Atual o coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Pablo Andrade Dias. E a CSN também pretende aumentá-la.

A cidade tem uma das maiores barragens do mundo em área urbana, com 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos e de Classe 6, o que significa o risco mais alto. Já os moradores de Macacos, distrito de Nova Lima, estão rodeados por nada menos que cinco barragens da Vale. Há uma escola abaixo de uma delas.

O QUE PASSOU

As águas do rio Paraopeba estão, como era de se esperar, contaminadas e apresentando risco à saúde humana e animal. Um comunicado das secretarias de de Saúde, do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Pecuária e Abastecimento apresentou resultados de uma análise que indica níveis de até 21 vezes acima do aceitável de chumbo total e mercúrio total. Também foi constatada a presença de níquel, chumbo, cádmio e zinco.

“Quando acabarem as buscas, vamos ficar aqui sozinhos”: na Vice, o cotidiano dos moradores da região do Córrego do Feijão depois do desastre. O número de mortos subiu para 99, e são 259 as pessoas desaparecidas. 

A Vale prometeu acabar com barragens como a que se rompeu em Brumadinho. Mas a desativação deve demorar entre um e três anos, e não significa que não vai haver novos acidentes, segundo matéria da BBC. Os outros métodos que serão usados pela empresa podem causar impacto ambiental maior na hora da construção e, se mal projetados, executados e monitorados, podem ser igualmente inseguros. 

Hoje o MAB vai divulgar no Facebook o teaser do documentário Renova – o crime é periódico, que fala da saúde física e mental dos moradores da Baía do Rio Doce. O título é uma menção à Fundação Renova, criada pela Samarco para reparar os danos após o rompimento em Mariana. 

Aliás, a Renova quer que as prefeituras das cidades atingidas por aquele desastre desistam de processar os envolvidos, agora ou no futuro. Na época, a Samarco prometeu cobrir os gastos emergenciais (cerca de R$ 53 milhões) e depois descontar o valor das indenizações aos municípios. Agora, a Fundação propõe finalmente depositar esse dinheiro, mas  em troca da assinatura de um documento em que as prefeituras se comprometam a abandonar qualquer ação em curso e não promover nenhuma outra. A reportagem do Intercept diz que, dos 39 municípios atingidos, 19 já toparam. “Eles chegam falando ‘não mexe com esse negócio de ação não, amanhã o dinheiro tá na conta, a sua cidade nem tanto dano teve…’”, narra Duarte Gonçalves Jr., do PPS, prefeito de Mariana.
 
R$ 400 POR UMA CONSULTA ONLINE

A novidade foi anunciada pela Rede Albert Einstein, de São Paulo. As consultas são em várias especialidades, de obstetrícia a psiquiatria. E não pode pagar pelo plano, mas dá pra dividir em três vezes. A polêmica é comentada por Luiz Vianna Sobrinho no Outra Saúde. O Conselho Federal de Medicina já se posicionou contra, já que o Código de Ética Médica veda a prescrição de tratamentos ou outros procedimentos sem exame direto. E Sobrinho lembra que o Einstein tem, afinal, caráter beneficente… 

VOLTOU, MAS DIFERENTE

Depois de ter sido retirada do site, a cartilha sobre saúde de homens trans está de volta. Foi retirada a ilustração de como fazer sexo oral em pessoas do sexo feminino com barreira de proteção, o que é feito cortando-se um preservativo e colocando-o na boca. O Ministério diz que tirou porque não há regras que permitem à pasta indicar esse uso. Também saiu a ilustração sobre o ‘pump’ – um equipamento colocado no clitóris para tentar aumentar a região (na época, entidades defenderam que a divulgação da técnica era importante para falar dos riscos). De novidade, há informações sobre higienização e prevenção de infecções quando são usadas próteses penianas;foram revisados e ampliados itens do quadro sobre formas de transmissão das infecções, e há mais informações sobre hepatites.

BARRADO NA PORTA

Como já dissemos, Mandetta tem feito visitas surpresa em hospitais e instituições federais para conferir as condições e o funcionamento. Esta semana decidiu ir à Fiocruz, no Rio. Mas chegou sem documentos. Resultado: foi barrado na portaria. Teve que ligar para a presidente da instituição para poder passar.

SE DERAM BEM

No ano passado, foi nas Forças Armadas que o governo federal colocou a maior parte dos seus gastos e investimento (21,6% do total), algo que nunca tinha acontecido desde que são feitas as estatísticas. O Ministério da Saúde ficou com 12%. 

PERIGOSA INTIMIDADE

Quatro pesquisadores reuniram 86 emails trocados entre representantes da Coca-Cola e funcionários de alto escalão do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. São basicamente três objetivos: “1) Ganhar acesso e influência com as autoridades do órgão de saúde norte-americano; 2) Embaralhar os debates científicos sobre nutrição, adoçantes e obesidade; e 3) Buscar canais para um lobby da Coca-Cola na Organização Mundial da Saúde (OMS), ligada às Nações Unidas”, resume Guilherme Zocchio, em O Joio e o Trigo.  A troca de mensagens não pressupõe transferência de dinheiro, mas os autores notam que talvez essa influencia não-financeira seja também muito importante, e os emails indicam que a empresa conseguiu avançar nessas três frentes. 

SURGE NOVO ESTUDO, CONTROVÉRSIA NÃO ACABA

Vários sites gringos noticiaram: no Reino Unido, um estudo bastante acurado do ponto de vista da medicina baseada em evidências mostrou que cigarros eletrônicos são mais eficazes do que adesivos de nicotina para ajudar as pessoas a parar de fumar. Porém, especialistas ouvidos pela Vox não estão assim tão animados. É que, de todo modo, o percentual de pessoas que conseguiram parar de fumar com os cigarros eletrônicos ainda foi pequeno, o estudo foi feito com uma marca específica (e há diferenças significativas entre elas) e os participantes estavam sendo tratados em um programa público de saúde, o que não é oferecido na maioria dos países – não dá para saber como seria sem esse acompanhamento. Além disso, permanecem dúvidas sobre outros malefícios potenciais dos vaporizadores. 

FUGINDO DA FUMAÇA

Uma verdadeira crise de poluição atinge a capital da Tailândia, possivelmente por uma conjunção de fatores como a descarga de automóveis, a queima de palha de colheitas e a fumaça de fábricas. Ontem foi ordenado o fechamento de 437 escolas para evitar que as crianças fiquem expostas. Foram produzidas nuvens artificiais para fazer chuva, água foi pulverizada para captar micropoluentes e as autoridades chegaram a pedir que as pessoas não queimassem incensos e papel nas comemorações do Ano Novo Chinês (tipo o nosso famoso ‘não deixar a torneira aberta enquanto escova os dentes’). A neblina não deve se dissipar antes de segunda-feira

MAIS TEMPO

A OMS recomenda 150 minutos semanais de exercícios físicos moderados ou 75 de exercícios vigorosos. Mas talvez não seja suficiente para quem passa a maior parte do dia sentado. Segundo um estudo publicado na American Journal of Epidemiology, nesse caso seria preciso pelo menos meia hora por dia, ou 210 minutos por semana. Avaliando 8 mil adultos com mais de 45 anos, a pesquisa mostrou que esse tempo reduzia o risco de problemas de saúde em 17%, no caso de atividades moderadas. Para as mais vigorosas o benefício foi ainda maior: redução de até 35%. Por outro lado, quanto mais tempo se passa na cadeira, maior o risco de morte.

CURIOSO

A defesa de Fabricio Queiroz, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro que já faltou duas vezes ao MP mas dançou no hospital, disse ao Uol que ele poderá depor… Por escrito. Mas o artifício só vai ser usado como “última possibilidade”, caso sua condição de saúde não o permita comparecer pessoalmente. A PRÓXIMA TRAGÉDIA

A população que vive no entorno das outras mais de 800 barragens de rejeitos Brasil afora está apavorada, e com razão. Mesmo quando a barragem não é considerada de alto risco – afinal, a do Córrego do Feijão também não era. No El País, a reportagem de Joana Oliveira fala de algum desses lugares. Como Paracatu, onde fica a maior mina de ouro a céu aberto no mundo. Da canadense Kinross Gold Corporation, ela armazena em uma barragem cerca de 547 milhões de metros cúbicos de rejeitos, simplesmente 42 vezes mais do que a que rompeu em Brumadinho. Os dois bairros mais populosos da cidade estão abaixo dela.

No meio do Pantanal, uma barragem da Vale similar à da Mina do Feijão pode destruir todo o bioma em caso de rompimento. Há ao todo 16 barragens de minério de ferro no Mato Grosso do Sul, todas em Corumbá – e 12 de alto risco. E em Itabira, terra de Drummond e berço da Vale, quatro barragens têm 490 milhões de metros cúbicos de rejeitos. A maior delas, com  220 milhões, passa desde o ano passado por um processo de alteamento dos muros, em 15 metros, para que caibam mais rejeitos. 

“Congonhas [do Campo] tem barragem da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) muito maior que as que romperam aqui em Brumadinho.  Caso rompa, o rejeito chega em oito segundos a um bairro de mais de 5 mil habitantes no centro urbano do município”, afirmou à Rede Brasil Atual o coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Pablo Andrade Dias. E a CSN também pretende aumentá-la.

A cidade tem uma das maiores barragens do mundo em área urbana, com 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos e de Classe 6, o que significa o risco mais alto. Já os moradores de Macacos, distrito de Nova Lima, estão rodeados por nada menos que cinco barragens da Vale. Há uma escola abaixo de uma delas.

O QUE PASSOU

As águas do rio Paraopeba estão, como era de se esperar, contaminadas e apresentando risco à saúde humana e animal. Um comunicado das secretarias de de Saúde, do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Pecuária e Abastecimento apresentou resultados de uma análise que indica níveis de até 21 vezes acima do aceitável de chumbo total e mercúrio total. Também foi constatada a presença de níquel, chumbo, cádmio e zinco.

“Quando acabarem as buscas, vamos ficar aqui sozinhos”: na Vice, o cotidiano dos moradores da região do Córrego do Feijão depois do desastre. O número de mortos subiu para 99, e são 259 as pessoas desaparecidas. 

A Vale prometeu acabar com barragens como a que se rompeu em Brumadinho. Mas a desativação deve demorar entre um e três anos, e não significa que não vai haver novos acidentes, segundo matéria da BBC. Os outros métodos que serão usados pela empresa podem causar impacto ambiental maior na hora da construção e, se mal projetados, executados e monitorados, podem ser igualmente inseguros. 

Hoje o MAB vai divulgar no Facebook o teaser do documentário Renova – o crime é periódico, que fala da saúde física e mental dos moradores da Baía do Rio Doce. O título é uma menção à Fundação Renova, criada pela Samarco para reparar os danos após o rompimento em Mariana. 

Aliás, a Renova quer que as prefeituras das cidades atingidas por aquele desastre desistam de processar os envolvidos, agora ou no futuro. Na época, a Samarco prometeu cobrir os gastos emergenciais (cerca de R$ 53 milhões) e depois descontar o valor das indenizações aos municípios. Agora, a Fundação propõe finalmente depositar esse dinheiro, mas  em troca da assinatura de um documento em que as prefeituras se comprometam a abandonar qualquer ação em curso e não promover nenhuma outra. A reportagem do Intercept diz que, dos 39 municípios atingidos, 19 já toparam. “Eles chegam falando ‘não mexe com esse negócio de ação não, amanhã o dinheiro tá na conta, a sua cidade nem tanto dano teve…’”, narra Duarte Gonçalves Jr., do PPS, prefeito de Mariana.
 
FECHOU AS PORTAS

O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), alvo de uma das primeiras ações de Bolsonaro no poder, fechou suas portas ontem. O Brasil de Fato fala de importantes políticas formuladas com a contribuição do conselho. 

R$ 400 POR UMA CONSULTA ONLINE

A novidade foi anunciada pela Rede Albert Einstein, de São Paulo. As consultas são em várias especialidades, de obstetrícia a psiquiatria. E não pode pagar pelo plano, mas dá pra dividir em três vezes. A polêmica é comentada por Luiz Vianna Sobrinho no Outra Saúde. O Conselho Federal de Medicina já se posicionou contra, já que o Código de Ética Médica veda a prescrição de tratamentos ou outros procedimentos sem exame direto. E Sobrinho lembra que o Einstein tem, afinal, caráter beneficente… 

VOLTOU, MAS DIFERENTE

Depois de ter sido retirada do site, a cartilha sobre saúde de homens trans está de volta. Foi retirada a ilustração de como fazer sexo oral em pessoas do sexo feminino com barreira de proteção, o que é feito cortando-se um preservativo e colocando-o na boca. O Ministério diz que tirou porque não há regras que permitem à pasta indicar esse uso. Também saiu a ilustração sobre o ‘pump’ – um equipamento colocado no clitóris para tentar aumentar a região (na época, entidades defenderam que a divulgação da técnica era importante para falar dos riscos). De novidade, há informações sobre higienização e prevenção de infecções quando são usadas próteses penianas;foram revisados e ampliados itens do quadro sobre formas de transmissão das infecções, e há mais informações sobre hepatites.

BARRADO NA PORTA

Como já dissemos, Mandetta tem feito visitas surpresa em hospitais e instituições federais para conferir as condições e o funcionamento. Esta semana decidiu ir à Fiocruz, no Rio. Mas chegou sem documentos. Resultado: foi barrado na portaria. Teve que ligar para a presidente da instituição para poder passar.

SE DERAM BEM

No ano passado, foi nas Forças Armadas que o governo federal colocou a maior parte dos seus gastos e investimento (21,6% do total), algo que nunca tinha acontecido desde que são feitas as estatísticas. O Ministério da Saúde ficou com 12%. 

PERIGOSA INTIMIDADE

Quatro pesquisadores reuniram 86 emails trocados entre representantes da Coca-Cola e funcionários de alto escalão do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. São basicamente três objetivos: “1) Ganhar acesso e influência com as autoridades do órgão de saúde norte-americano; 2) Embaralhar os debates científicos sobre nutrição, adoçantes e obesidade; e 3) Buscar canais para um lobby da Coca-Cola na Organização Mundial da Saúde (OMS), ligada às Nações Unidas”, resume Guilherme Zocchio, em O Joio e o Trigo.  A troca de mensagens não pressupõe transferência de dinheiro, mas os autores notam que talvez essa influencia não-financeira seja também muito importante, e os emails indicam que a empresa conseguiu avançar nessas três frentes. 

SURGE NOVO ESTUDO, CONTROVÉRSIA NÃO ACABA

Vários sites gringos noticiaram: no Reino Unido, um estudo bastante acurado do ponto de vista da medicina baseada em evidências mostrou que cigarros eletrônicos são mais eficazes do que adesivos de nicotina para ajudar as pessoas a parar de fumar. Porém, especialistas ouvidos pela Vox não estão assim tão animados. É que, de todo modo, o percentual de pessoas que conseguiram parar de fumar com os cigarros eletrônicos ainda foi pequeno, o estudo foi feito com uma marca específica (e há diferenças significativas entre elas) e os participantes estavam sendo tratados em um programa público de saúde, o que não é oferecido na maioria dos países – não dá para saber como seria sem esse acompanhamento. Além disso, permanecem dúvidas sobre outros malefícios potenciais dos vaporizadores. 

FUGINDO DA FUMAÇA

Uma verdadeira crise de poluição atinge a capital da Tailândia, possivelmente por uma conjunção de fatores como a descarga de automóveis, a queima de palha de colheitas e a fumaça de fábricas. Ontem foi ordenado o fechamento de 437 escolas para evitar que as crianças fiquem expostas. Foram produzidas nuvens artificiais para fazer chuva, água foi pulverizada para captar micropoluentes e as autoridades chegaram a pedir que as pessoas não queimassem incensos e papel nas comemorações do Ano Novo Chinês (tipo o nosso famoso ‘não deixar a torneira aberta enquanto escova os dentes’). A neblina não deve se dissipar antes de segunda-feira

MAIS TEMPO

A OMS recomenda 150 minutos semanais de exercícios físicos moderados ou 75 de exercícios vigorosos. Mas talvez não seja suficiente para quem passa a maior parte do dia sentado. Segundo um estudo publicado na American Journal of Epidemiology, nesse caso seria preciso pelo menos meia hora por dia, ou 210 minutos por semana. Avaliando 8 mil adultos com mais de 45 anos, a pesquisa mostrou que esse tempo reduzia o risco de problemas de saúde em 17%, no caso de atividades moderadas. Para as mais vigorosas o benefício foi ainda maior: redução de até 35%. Por outro lado, quanto mais tempo se passa na cadeira, maior o risco de morte.

CURIOSO

A defesa de Fabricio Queiroz, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro que já faltou duas vezes ao MP mas dançou no hospital, disse ao Uol que ele poderá depor… Por escrito. Mas o artifício só vai ser usado como “última possibilidade”, caso sua condição de saúde não o permita comparecer pessoalmente.
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