Avança a fábrica multipropósito de vacinas, do Butantan

Construída em ritmo acelerado, ela poderá suprir imunizantes tanto contra a raiva, hepatite A, zika ou coronavírus, conforme a necessidade. Brasil sobe a novo patamar no desenvolvimento de imunobiológicos, festeja o Instituto

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O Instituto Butantan anunciou sexta-feira passada que o Brasil está bem preparado para, rapidamente, combater novas pandemias possíveis no futuro. Trata-se de um objetivo que atualmente está no alto da pauta global da Saúde. O Instituto menciona a esse respeito a sua nova fábrica de vacinas multipropósito, que está em estágio adiantado de construção. A covid, noticiou o Instituto, acelerou a realização da ideia de construir uma fábrica capaz de produzir diversos imunizantes conforme a necessidade, adaptando suas instalações em curto espaço de tempo. O Centro de Produção Multipropósito de Vacinas terá essa capacidade, focando inicialmente em imunizantes contra a raiva, hepatite A, zika e covid.

A capacidade de produção da nova planta será de 100 milhões de doses por ano, em uma área construída de 11 mil m², colocando o Brasil, informa o site do Instituto, em um novo patamar internacional no desenvolvimento de imunobiológicos. Deve, com isso, dar ao Butantan condições de atender às demandas de saúde pública do Brasil. Destaca-se, aí, a autonomia de produzir IFA (ingrediente farmacêutico ativo) para fabricar vacinas em escala industrial. O Centro começou a ser discutido em abril de 2020 e a obra foi iniciada em novembro seguinte.

Em um esquema de parceria público-privada, a construção da fábrica contou, conforme o Instituto, com contribuições de 75 empresas e pessoas físicas no total de R$ 189 milhões. Todas as etapas de projeto, execução, instalação de equipamento e qualificação foram realizadas em paralelo, por diferentes empresas de engenharia, para ganhar tempo. Após julho de 2022, começa a fase de certificação, qualificação e automação, que deve ser concluída em fevereiro de 2023. Outra iniciativa brasileira importante para ampliar a produção de vacinas está sendo feita pela Fiocruz. De modo geral, aprimorar a capacidade global de imunização é a meta de um painel de especialistas criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) cujo trabalho começa por tirar lições da pandemia do coronavírus. Veja também aqui.

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