ONU denuncia abusos contra mulheres palestinas

• Exército de Israel age cruelmente contra mulheres e crianças • Todas as gestantes com dengue deveriam ser internadas • Para fiscalizar hospitais privados • Prevenção de doenças após alagamentos • Notificação obrigatória de HTLV • Fiocruz na Etiópia •

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Relatório do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU expressou preocupação com o tratamento brutal dispensado pelo exército de Israel às mulheres em Gaza, desde o início da guerra, em 7 de outubro. Execuções sumárias, tratamento humilhante e desrespeito a necessidades essenciais básicas estão entre os fatos narrados em nota publicada nesta segunda. O documento alerta: “Estamos particularmente consternados com relatos de que mulheres e meninas palestinas detidas também foram submetidas a múltiplas formas de agressão sexual, como serem despidas e revistadas por oficiais do exército israelense do sexo masculino. Pelo menos duas detentas palestinas do sexo feminino foram supostamente estupradas, enquanto outras teriam sido ameaçadas com estupro e violência sexual”. Isolado internacionalmente, Israel se concentrou em responder às exortações do presidente Lula, amplamente apoiado pela comunidade internacional. Na terça, 20/2, o cessar-fogo só não foi aprovado pelo veto do mais fiel aliado do Estado colonial-genocida de Israel, os EUA – o que tem gerado desgastes crescentes de Biden frente à opinião pública e projetado Donald Trump nas pesquisas para a presidência da república. Agora, o mundo aguarda com apreensão a possível ofensiva em Rafah, território no extremo sul de Gaza, para onde Israel forçou o deslocamento de 1,5 milhão de palestinos.

Por um sistema de fiscalização de hospitais privados

Em seus últimos dias como senador, antes de assumir uma cadeira no STF, Flávio Dino apresentou proposta de criação da Estratégia Nacional de Controle e Avaliação da Qualidade da Assistência à Saúde prestada pela iniciativa privada. Como conta a Carta Capital, segundo seu projeto de lei, caberia à Anvisa estabelecer critérios e analisar informações apresentadas pelos estabelecimentos de saúde. O texto do projeto prevê a fixação de padrões de qualidade para aprimorar os serviços de saúde oferecidos, com avaliações periódicas da qualificação, que seriam divulgadas regularmente. Em caso de descumprimento dos parâmetros, seria aplicada multa – de 5 mil reais por dia, podendo ser multiplicada a depender da gravidade. O projeto aparece em momento em que as reclamações de serviços médicos privados têm aumentado, além de a concentração de capital no setor, que alega crise financeira, sugerir uma possível precarização da qualidade do serviço.

Cartilha ensina a prevenir doenças após alagamentos

O Conselho Federal de Química publicou cartilha na qual orienta a população a se prevenir de consequências deixadas por alagamentos – a exemplo de água parada, resíduos sólidos e destroços. Além de orientar o uso correto de alguns produtos desinfetantes, o documento ensina técnicas de reaproveitamento de água para situações de extrema necessidade. Também classifica objetos e bens que podem ser salvos ou não em casos de absorção de grande quantidade de água. As doenças mais visadas pela cartilha são leptospirose, tétano e hepatite, transmitidas por bactérias que se reproduzem em ambientes insalubres. Além de informativa, a cartilha é feita com belas ilustrações para uma história em quadrinhos direcionada a orientar os mais jovens.

Notificação de HTLV passa a ser obrigatória

Recentemente alvo de um plano de combate a doenças negligenciadas, o vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV na sigla em inglês), da mesma família do HIV, entrou na mira das políticas de prevenção e tratamento pelo Ministério da Saúde. A partir de agora, casos desta doença em gestantes, puérperas, parturientes e crianças que receberam a chamada transmissão vertical (de mãe para filho), precisam de notificação imediata. Assim, o Ministério pode mapear e criar estratégias de combate a esta doença autoimune descoberta nos anos 80, como prometido em evento recente, relatado por Outra Saúde. Em seguida, o governo pretende estender a obrigatoriedade das notificações a todos os casos e fornecer testes de detecção. Estima-se em 800 mil o número de brasileiros portadores da doença, transmissível sexualmente ou por uso de agulhas e seringas não higienizadas.

Fiocruz abrirá escritório na Etiópia

A viagem de Lula à Adis Abeba, capital da Etiópia, para a cúpula da União Africana, não se restringiu a declarações que escandalizaram o Estado colonial-genocida de Israel e seus apoiadores. Na viagem, ficou estabelecido convênio entre o Brasil e o país-sede do encontro para a abertura de uma representação da Fiocruz, com a finalidade de criar um centro de controle de doenças tropicais negligenciadas, um problema crônico dos países do sul global. “Teremos como meta a ampliação do acesso a medicamentos, evitando a repetição do ‘apartheid’ de vacinas que vimos na covid-19. Para levar adiante todas essas iniciativas, vamos criar um posto avançado de cooperação junto à União Africana em setores como pesquisa agrícola, saúde, educação, meio ambiente e ciência e tecnologia. Nossa representação diplomática em Adis Abeba contará em breve com funcionários de órgãos governamentais como a Agência Brasileira de Cooperação, a Embrapa e a Fiocruz, nossos órgãos de pesquisa e desenvolvimento em agropecuária e saúde”, discursou o presidente. 

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