O jornalismo e os alambiques se despedem de um bamba, falecido no último dia 15. Para brindar à sua trajetória, servimos uma fantástica crônica que ele preparou, misturando o aventureiro inglês que traduziu o Kama Sutra, o memorialista mineiro e, claro, a branquinha
No centenário da Semana de 1922, uma pluralidade de modernismos emerge. No Recife, o regionalismo dá o tom de um debate persistente em torno da produção artística, com ressonâncias até hoje. Em entrevista, o sociólogo Eduardo Dimitrov fala de contextos, trajetórias e obras apresentadas em seu novo livro
Eles se reencontram no lugar onde se amaram… para assinar o divórcio. Têm à frente uma última noite face a face. Em tradução recém-lançada no Brasil, duas peças exploram o teatro como um campo de contágio do desejo… no limiar do crime
Exposição retoma a Semana de 22, em tensão crítica. Artistas indígenas protagonizam. Violência bandeirante é exposta. Projeto modernista, que renovou horizontes sem romper com pactos sociais de origem colonial, é tomado pelo avesso. Para liberar novas energias criativas.
Ópera Café põe em cena um país arrasado pela crise do capitalismo global, que condena o povo à fome e sepulta as ilusões da prosperidade ruralista. Mas não liberta o violento delírio dionisíaco que o autor de Macunaíma imaginou
Uma cena urbana, vista do alto dos prédios: um homem em fuga é capturado por seguranças do comércio e populares enfurecidos. Mas três mulheres, qual pedra no caminho dos potenciais justiçadores, costuram para ele um outro destino
Armazenada em raros reservatórios de madeira brasileira, fermentada com fubá e limão capeta. Na boca, a sedutora dança de doces e amargos. Breve viagem com a Colombina, tradicional e centenária caninha de Minas Gerais, que também é dada a novas ousadias
Quantas histórias cabem numa garrafa? A mineira Colombina surgiu às vésperas da Semana de 1922 – e foi premiada no centenário de “nascimento do Brasil”. Atualizando profundas tradições, soube capturar o espírito de seu tempo e trazê-lo até os dias de hoje