Resenha Semanal

23 a 29 de março 2019. A sensação de crise permanente continua esmagadora. Conflitos no governo colocam em perigo a governabilidade. Enquanto isso, de maneira surpreendente, uma mobilização nacional dos povos indígenas consegue a reversão de política de destruição da sua Saúde.

Semana conturbada e de enorme agitação noticiosa. Cenas obscenas de um pastelão canhestro envolvendo aventureiros e arrivistas de quinta categoria. Permanece a discussão na esquerda e fora dela: há algum gênio malévolo gerando toda a baixaria segundo um plano genial em sua maldade ou realmente estamos no reino da anomia jeca de impostores despreparados? Estaríamos a caminho de uma tentativa de golpe á la Jânio Quadros? Ou será que nosso destino é uma ditadura militar “racional” com Mourão, PIG e Lava Jato (onde os corpos mutilados vão aparecer só 20 anos à frente)?

23 de março

Bolsonaro descreve relação a conturbada com Maia e o Congresso como um relacionamento amoroso. Um tuíte desbocado de Carlos B provoca ainda mais tensão.

Presidente brasileiro está no Chile e teve protesto contra a sua visita lá. Vi na rede cartazes muito bons.

A Globo retoma narrativa de apoio à Lava Jato que a consagrou: suas reportagens escondem que o Temer foi preso por um único e determinado processo. Mas eles deixam no telespectador a impressão de que ele está sendo preso por uma espécie de Conjunto da Obra. Ficam repassando denúncias e malfeitos passados. Até o Eduardo El-Hage, coordenador da Lava Jato, declarou: “A prisão dele é decorrência lógica de todos os crimes que ele praticou durante uma vida inteira, pertencendo a uma organização criminosa muito sofisticada”. Isso também serviu para Dilma, que não cometeu crime de responsabilidade, mas, de alguma forma, merecia o impeachment pelo “conjunto da obra”. Canalhas, canalhas. canalhas!

A crise no MEC parece persistir, a terceira secretária executiva que cai desde a posse. Ela ficou conhecida por um vídeo mais antigo, onde ela dizia que a educação deve ser “baseada na palavra de deus”. Dizia que “deus é o primeiro matemático”, pois fez o mundo em dias sucessivos e a bíblia é registro disso.

Na França: os militares foram convocados para atuar com a polícia contra os Gillets Jeunes. Essa rebelião francesa se recusa a morrer, mas permanece algo indecifrável e indomável. Tenho certeza que no Brasil experimentaremos rebeliões parecidas muito em breve. A esquerda vai ter que ir às barricadas para disputar o significado das revoltas.

Aliás, os caminhoneiros estão em polvorosa. Suas reivindicações não foram atendidas, e a imprensa está cheia de rumores e recados cifrados. A inteligência militar do governo já acusou movimentação e chamou os líderes sindicais da categoria para conversações. Mas os tais líderes têm parco controle sobre a categoria, que se organiza (reza a lenda) descentralizadamente por meio do whatasapp. O esquema Bolsonaro foi muito ativo na paralisação passada, e eles construíram uma estrutura de rede que evadiu as lideranças sindicais. Seria lindo se as redes bolsonaristas se transmutassem em rebeldias anti-governo. A ver.

Não está claro o que seria uma mobilização dos caminhoneiros contra Bolsonaro. Ou se os bolsonaristas conseguiriam fazer dessa paralisação uma cabeça-de-ponte contra o Congresso e o STF. Para o golpe.

Mas decidi que vou visitar as barricadas quando explodir a coisa. Vai ser loucão ver general do alto clero, que se garantiu na Previdência, hesitar em mandar seus meninos recrutas contra os caminhoneiros… e se eles se juntam aos amotinados…? Uia!

Tóffoli prossegue em sua iniciativa contra os difamadores internéticos de ministros da Corte Suprema. Mas comentadores apontam que os indivíduos que difamam e os esquemas de impulsionamento são coisas diferentes. No fundo, tudo parece ser uma iniciativa do STF contra a mobilização de rede, o que atinge tanto Bolsonaro quanto a Lava Jato. Ambos se fiam na encarnação do alcance virtual em corpos na rua. Quem vencerá? Eu já sei que o sangue nas calçadas será da esquerda.

Parece que tem um núcleo dito “antiestablishment” no governo, que se vê em processo revolucionário. A pauta deles é o caos para ter liberdade de impor agenda alt-right. Pergunta: Bolsonaro vai tentar um golpe, como Jânio tentou?

Pois, se tentar, o importante para eles não é ganhar. Basta sair com vida e “mitar” na clandestinidade da internet, se tornando uma guerrilha de direita subterrânea, matando esquerdistas para desestabilizar um governo de generais “racional” com Hamilton Mourão+PIG+Mercado.

Aspecto negativo: vai ser o meu sangue na calçada, e o seu também.

De qualquer forma, essa pretendida mudança de regime a partir do governo pode muito bem ser dar lenta e gradualmente, à maneira de Erdogan na Turquia e Orban na Hungria.

24 de março

Macabro acontecimento: a Favela do Cimento, na véspera de uma reintegração de posse (expulsão à força), na noite do sábado 23, ardeu em chamas de um incêndio muito suspeito. A favela, que fica à beira da Avenida Radial Leste, no entorno do Viaduto Bresser, foi mais um terreno sob disputa que é misteriosamente alvo de incêndio de grandes proporções. A tragédia mostrou que a reintegração de posse é uma ação de repressão e não de aplicação da lei: não havia ambulância ou estrutura de socorro presente. A policia entrou em favela antes do prazo legal de reintegração. Um homem ficou queimado e andou até o hospital, deixando sangue pelo caminho.

Saiu uma pesquisa indicando que, nas redes, a reforma da Previdência é impopular. Dãrr!

Governadores simpáticos a Bolsonaro e dirigentes partidários (do PSL) já falam em um chamado aos militares, tanto para cobrar uma atitude incisiva de correção de rumos como para abrir canais de diálogo permanente sobre o cenário político…

Hoje me caiu uma ficha e fiquei estarrecido: entendi o tabuleiro do Brasil:

O caos do governo é proposital, e tem um projeto onde qualquer atrocidade vale, o colapso e a destruição constituem o projeto central. Assim é o Brexit: não vai criar nada, este busca criar o caos suficiente para impor aquilo que resta depois do colapso da dobradinha neoliberalismo/socialdemocracia: híperrepressão e híperexploração.

A aliança entre a turma Olavo-Bannon, militares e Lava Jato está emparedando o STF e o Congresso. Rodrigo Maia parece iludido. Ainda não percebeu que ele e seus amigos do Centrão são os próximos alvos da Lava Jato. Fechar o Congresso e o STF. Eis o projeto.

Veja como isso se dará, ao invés de um regime militar clássico com PIG:

Bolsonaro teria hoje sob seu controle o baixo escalão do Exército e das PMs estaduais. E que poderia estar jogando na desordem institucional para repetir, à sua maneira, o que fez Getúlio Vargas no Estado Novo, ou o que tentou Jânio Quadros: fechar o Congresso Nacional, e enquadrar os ministros do STF. Só isso explica a extrema tosquice de suas intervenções e a de seus filhos: máxima combustibilidade para gerar um golpe, por si ou contra si: não importa.

A Suprema Corte, na figura do ministro Dias Toffoli, em outubro do ano passado, trouxe um general para ser “assessor”: Fernando Azevedo e Silva. Na ocasião, Tofolli disse que prefere chamar o golpe de “movimento de 1964”. Amigos que conhecem quem conhece Toffoli, dizem que o ministro “queria evitar o pior e manter diálogo” com as FFAA. Só que o exato general-assessor, hoje Ministro da Defesa, agora condecorou Dallagnol!! Um tapa no STF e em seu antigo “assessorado”!. Ai!

Passei a noite muito mal, achando que agora sim entendi o golpe em curso e que vão bater na minha porta de madrugada. Qualquer ruído à noite na minha rua me dispara o coração: tem policial que mora na minha vizinhança e todo mundo sabe que sou esquerdista.

Bolsonaro ordenou a comemoração do golpe de 64 nos quartéis, mas “Generais da reserva que integram o primeiro escalão do Executivo, pedem cautela no tom para evitar ruídos desnecessários diante do clima político acirrado e dos riscos de polêmicas em meio aos debates da reforma da Previdência”.

Depois da visita do presidente brasileiro, Piñera classificou frases do presidente brasileiro como “tremendamente infelizes“. Defensor do ditador chileno Augusto Pinochet, Bolsonaro também já fez elogios recentemente ao ditador paraguaio Alfredo Stroessner. “Não compartilho muito do que Bolsonaro diz sobre o tema”, disse o presidente chileno. Mas que Piñera pediu às deputadas que usassem “vestido curto” para o Bozo, pediu!

Alguns ainda insistem que há saída: um cenário intermediário, nem impeachment nem golpe. Que bom seria…

O desembargador Ivan Athié mandou soltar Temer.

Saiu que Jair Bolsonaro enviou aos ministros do STF e do STJ uma sua foto de grandes proporções. Será possível…?

Nesta segunda-feira (25/03), quem chega ou sai de Curitiba, pelo Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, vai encontrar no caminho os procuradores da Lava Jato Paraná. Trata-se de um outdoor com a fotografia dis procuradores da Lava Jato, com a mensagem: Aqui se cumpre a lei.

Na região do baixo Tocantins, no Pará, seis trabalhadores rurais foram assassinados em dois dias. Dilma Ferreira Silva, coordenadora do Movimento dos Atingidos por Barragens, que lutava havia 30 anos pelos direitos da população atingida pela usina de Tucuruí, foi executada em sua casa na sexta-feira, dia 22, junto com seu marido e um amigo. E no domingo, também na zona rural de Baião, a polícia encontrou carbonizados os corpos de três trabalhadores rurais.

26 de março

Hoje foram publicados três editoriais concertados: Estadão, Folha e Globo, todos cobrando governabilidade de Bolsonaro. A pressão aumenta.

Até Miriam Leitão cobra a capacidade de governar do presidente: “Em qualquer país democrático, mas principalmente em um presidencialismo como o nosso, é forçoso negociar com o Congresso”. Lembro da ironia e deboche quando Lula explicava a Moro como o presidencialismo de coalizão exigia entendimentos com o Congresso. Para a Lava Jato e seus apoiadores na Globo, o diálogo com os parlamentares era prova que o PT era uma ORCRIM criada para assaltar o Estado brasileiro.

Agora arde em cloaca vossa, não é mesmo?

27 de março

As reações ao decreto que ordena a comemoração do golpe de 1964, de Bolsoanro, colocam uma saia meio justa nos militares. Eles compreenderam o clima político e buscavam algo mais discreto. Bolsonaro obrigou-os à exposição. Mas o desejo de reescrever a história do período tem sido uma constante da política da caserna.

Em votação relâmpago, a Câmara aprovou em dois turnos a proposta de emenda constitucional que retira do governo poder sobre o Orçamento. É o orçamento impositivo. Maia negou, mas é claro que essa pauta-bomba é uma derrota fragorosa para o governo. Esta era uma das pautas bomba de Cunha para Dilma, que jazia dormente até sua detonação tática hoje.

Uma visita de Bolsonaro ao Mackenzie foi cancelada por causa da ação de estudantes! Uhu!

Repercute ainda: Olavo de Carvalho postou no Twitter a seguinte mensagem, a respeito de Rodrigo Maia: “o Nhonhô quer articular cu com piroca. A piroca dele e o cu nosso”.

Saiu que Gustavo Bebianno articula nos bastidores um movimento de debandada de integrantes do PSL que estão, como ele, descontentes com o partido e com Jair Bolsonaro.

Alguma parte da verba de gabinete do deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), é usada para pagar os salários de funcionários que passam o dia criando memes. Saiu que em vários Estados, o MBL paga as contas de seus “Memestérios”. Existe um grupo de WhatsApp que reúne os memeiros, o “Sindimeme”. Vale lembrar que o Facebbok e Whatasapp bloquearam páginas do MBL que publicavam fake news…

O Ministério Público Federal enviou a todos os Comandos Militares uma recomendação oficial do órgão para que não promovam qualquer tipo de comemoração ou homenagem ao golpe que instalou a ditadura do regime militar, no dia 31 de março de 1964. O documento fixa o prazo de 48 horas para que as autoridades informem as medidas adotas em cumprimento às orientações dispostas ou as razões para o não cumprimento daquilo que foi mencionado. Uia!

Em sua página no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a fazer referência ao apoio dado pela Rede Globo à ditadura militar de 1964. Rere, nada como um marginal para desmascarar o PIG. Um jornalista coletou as primeiras páginas dos jornais da época, muito interessante: parte da imprens apoiou mesmo.

A juíza federal Ivani da Silva Luz, intimou o presidente Jair Bolsonaro a dar explicações sobre as celebrações determinadas por ele em torno do aniversário do golpe de 1964. A ação pede que sejam barrados os festejos incentivados por Bolsonaro.

Muitas reações na Justiça contra a comemoração militar do golpe. Um grupo de familiares de vítimas da ditadura entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a suspensão de qualquer evento comemorativo. Os autores da petição afirmam haver “evidente ilegalidade em ordem de comemoração de regime de exceção”. Lindo e corajoso. Mais que o PT.

O presidente agora diz que orientou os quartéis a celebrarem a “data histórica”. Depois, falou que “não é comemorar, é rememorar”. Covarde.

Guedes, em sua sabatina no Congresso, fez o contrário do que o meio econômico esperava: não se mostrou irremovível do cargo por desentendimentos políticos, embora dissesse que “não sairá na primeira derrota”. Ele e vários outros ministros foram ao Congresso a convite dos parlamentares.

Dólar sobre, Bolsa cai… O mercado dá recados por mil lados que esperava outra coisa do governo: ‘O mito saiu caro’, diz um financista, no Valor.

Eu sei que é pueril, inútil e contraproducente, mas….

28 de março 2018

Já vimos antes esse filme da imprensa ficar azarando o governo e fazendo narrativas de guerra – antyes, era a Dilma descontrolada etc. Sabemos que toda essa falsa ira cívica do PIG vai se evaporar quando uma ditadura “racional” Mourão fazer passar “medidas necessárias mas impopulares”.

Paulo Guedes reclamou que se sente nadando contra a maré ao defender sozinho a reforma da Previdência, enquanto o presidente e deputados dão “tiro no saco”. Ui!

O ministro do STF Luiz Fachin, determinou que o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, pague multa no valor de R$ 176.515 por impulsionamento irregular de conteúdo contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL) !!!!!!!!

Gente, o que é isso? Não era o contrário? Bozo comemorou em tweet: “A máxima da esquerda se repete: acusam do que fazem, xingam do que são”.

A PM de São Paulo participou de uma grande operação nacional que prendeu acusados de pedofilia. Como parte da operação, o GARRA de São Paulo invadiu o campus da USP e foi buscar, na sala de aula, com metralhadoras em punho, um aluno da universidade, acusado, na FFLCH. O companheiro H ponderou, ao recordar invasão semelhante da PM (com outra justificativa) em um campus de universidade federal em São Paulo: “Acho que esses dois episódios indicam uma possível ação de treinamento e de saturação da sensibilidade, para gradualmente modificar o limiar de tolerância à ação policial”.

Funcionário do Ibama que multou Bolsonaro por pescar em área proibida, em anos passados, foi demitido.

A deputada Tábata amaral questionou o ministro Vélez no Congresso. A fala repercutiu muito, e de fato é boa. “Não acredito que você tenha estudado para essa reunião” e “não vi plano estratégico, o que o sr. apresentou é uma lista de desejos”. Concluiu sugerindo que ele deixasse o cargo!

Os deputados Henrique Fontana (PT-RS) e Paulo Teixeira (PT-SP) protocolaram nesta quarta-feira uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) propondo eleições diretas em 90 dias em caso de afastamento definitivo do presidente da República, governadores e prefeitos. A proposta foi apelidada na Casa de ” Anti-Mourão “.

Ao final, o Comando Militar do Sudeste ignorou uma recomendação contrária do Ministério Público Federal e realizou na manhã desta quinta-feira a leitura da ordem do dia que celebrou o golpe militar de 1964. No entanto, a solenidade, que contou com a presença de seis deputados estaduais do PSL, partido do capitão reformado, não citou a cerimônia como uma comemoração, mas como a lembrança de um fato histórico. O texto lido, mesmo assim, contém inverdades e busca amenizar as ilegalidades cometidas no golpe.

O governador João Doria criticou a decisão de Damares Alves de fazer uma auditoria nas indenizações concedidas pela Comissão Nacional de Anistia nos governos anteriores. Ele é filho de exilado do golpe de 1964. Damares é filha tua, amigo!

O PIG sofre certo boicote de Bolsonaro, que, em entrevista a Luiz Datena, na TV Bandeirantes, voltou a atacar a Folha dizendo que o veículo “é a fonte de todo mal da imprensa‘. Em outro episódio desta semana, oito veículos de comunicação foram impedidos de participar de uma coletiva.

Bem-feito. Quando o PT quis regulamentar a atividade jornalística, como se faz, por exemplo, no Reino Unido, foi uma barafunda por parte do PIG, que mobilizou seus jornalistas para defender o direito da propriedade de imprensa. Agora estão calados… Como é possível?

Vejo agora, na televisão sem som do boteco, imagens de Bolsonaro, Onyx, Moro e Maia em desconfortável co-presença: alguém deu uma bronca federal no governo, que agora tenta encenar a inexistente harmonia entre poderes.

Governo cede aos caminhoneiros e atende suas reivindicações.

Bolsonaro nomeia um tenente-brigadeiro para a secretaria-executiva do MEC.

Ao final da semana, gestos de conciliação e inícios de conversa. Alguém parece que passou um pito na turma e tentou arrumar os brinquedos. Não se sabe o que virá.

Uma mobilização nacional de 4 dias organizada às pressas impôs a primeira derrota do governo Bolsonaro por uma mobilização popular massiva. Foram os indígenas, sob liderança de Sonia Bone Guajajara. Protestando conrta a diminuição dos serviços de saúde da FUNAI, 22 estradas foram bloqueadas e mobilizações em diversas capitais. O governo federal recuou na extinção da Secretaria de Saúde Indígena. Comenta-se que, assim como em 2013, quando ocuparam o congresso antes das jornadas de junho, os indígenas se colocam como a vanguarda do levante que está por vir contra a Reforma da Previdência. Em São Paulo, os guaranis tomaram o saguão da prefeitura. A companheira GM deu o toque e acompanhei pela internet. Foi muito pouco noticiado nos jornais e blogs, inclusive da esquerda. Vi um vídeo onde os guaranis dançam e gritam em roda, bem ao lado dos policiais da GCM armados de escudo e cassetete, dentro da prefeitura.

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