Nas obras de duas autoras periféricas, um ato de emancipação. Racismo e machismo estruturais as calaram, mas na poesia encontram espaço para refletir sobre suas trajetórias e sentimentos — de forma crua, verdadeira e insurgente
Chega ao streaming O último imperador (1987), de Bertolucci. Na Cidade Proibida, o faz-de-conta de um governante incapaz de amadurecer. Mas, como jardineiro-anônimo na China maoísta deixa de ser símbolo, para tornar-se humano
Em pandemia, mobilização do mundo da Cultura assegurou R$ 3 bi a artistas, produtores e espaços atingidos. Um articulador da iniciativa traça roteiro completo para levá-la à prática nos estados e municípios, que breve receberão os recursos
Em plataforma digital gratuita, uma preciosidade: De crápula a herói (1959), drama histórico de Rossellini, onde a trapaça é meio de sobrevivência — e até de luta política. A lição que Ennio Morricone nos deixa: a música pode ser luz na 7ª arte
Dois jovens poetas da periferia, um chamado à resistência do povo negro – sem panfletarismo. Em um, a tática de quilombagem e acumulação de forças; noutro, a rebelião. Em comum, a ideia de que margens fortes ditam os rumos dos rios
Em pré-estreia, um filme simples e engenhoso. Ana Maria Magalhães investiga que foi feito da ala mirim da escola de samba de 1992. Entre a vida nos morros e a arte popular, alguns tornaram-se músicos; outros perderam os sonhos ou a vida
Seu divagar vagaroso traz destroços de naufrágios — os próprios e os do país. No método de criação, o hábito caipira de cismar, com cafés e manhãs. Em lucubrações, a busca pela palavra justa e o trabalho de cão, mesmo em tempos difíceis para a Literatura