Compositora morreu no sábado (4/3). Regravadas por artistas como Elis e Bethânia, suas poesias de delicadeza cortante sugerem uma paz sem trégua ou calmaria. E trouxe novas iluminuras à MPB, ao musicar Cecília Meireles e Fernando Pessoa
Mostra “Nordestern” da Cinemateca reflete sobre a mítica do cangaço e o papel das polícias na forja de um Brasil brutal. Na pauta, as raízes históricas da crença – tão atual em vozes bolsonaristas – de que a paz se alcança pela violência
Personagem do tempo-Exu, do filme Branco sai, preto fica, Dimas vem de um futuro que já passou e é trovador de um passado que insiste em acontecer de novo. E tudo observa do “ponto de vista da laje”, de onde enxerga o centro, mas este não o vê
Fruto de 40 anos de diálogo entre um xamã e um antropólogo, o livro é de atualidade atroz. E revela, sobretudo, o impasse civilizatório do país dos “comedores de terra”, que aposta na devastação ao invés da riqueza da floresta e da diferença
Passados mais de 20 anos, o marco dos Racionais MC’s ainda abre fendas nas estruturas que tentam assimilá-lo, seja a academia ou as novas periferias. Em entrevista, especialista analisa sua estética, polifonia radical e ressonâncias históricas
Uma casa tem vida e construí-la é um processo de amadurecimento — do lar e de quem lá viverá. Na Ecomunidade, o terreno é aplainado; os alicerces logo serão fundados. E esta gravidez de habitar já está povoada de novas e velhas sensações
As sete vidas do escritor, em nova biografia: da miséria rural ao Nobel. Ao desvelar cegueiras do sistema, que nos fazem pequenos monstros, ele deu força profunda à indignação. Seu método: a sutileza política para restaurar a nossa humanidade
Uma refinaria rudimentar que vende gasolina barata a motoboys. O Partido do Povo Preso. E o fascismo em Brasília. Protagonizado por mulheres, Mato seco em chamas é uma ficção científica que mostra que luta e imaginação é arma das periferias
O jornalismo e os alambiques se despedem de um bamba. Para brindar à sua trajetória, servimos uma fantástica crônica que ele preparou, misturando o aventureiro inglês que traduziu o Kama Sutra, o memorialista mineiro e, claro, a branquinha