Um festival de artes para iluminar dias sombrios

Por cinco semanas, o Festival Multilinguagens apresenta espetáculos de música, dança e artes plásticas ao vivo e de graça, pelo youtube. Até hoje confinados, artistas independentes encontram novos meios de exibição e resistência

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Festival Multilinguagens
15 apresentações inéditas
Artistas independentes da Música, Dança e Artes Visuais
De 27 de julho até 26 de agosto, toda teça, quarta e quinta-feira
Sempre a partir de 18h30
Exibição no YouTube do Coletivo Digital

Festival Multilinguagens – Música, Dança e Artes Visuais

Entre 27 de julho e 26 de agosto, Mostra online traz 15 apresentações de artistas independentes.

Programas inéditas são lançadas sempre às terças, quartas e quintas.

“Arte é Resistência”, “Arte é Diversidade”, “Em tempos de vírus, viralizar Arte”…

Com essas e outras bandeiras, o Festival Multilinguagens apresenta 15 programas inéditos, com artistas independentes.

O festival apresenta bandas, performances de dança e artistas visuais que apresentam seus trabalhos, contam sua história, suas inspirações e falam um pouco de seu processo artístico.

O Festival começou a ir ao ar partir do dia 27 de julho e, a cada semana, acontecem três exibições com um artista de cada linguagem, sempre às terças, quartas e quintas (até 26 de agosto).

Quando e onde?

A exibição dos documentários acontece no canal do YouTube da ONG Coletivo Digital, ONG responsável pela realização do evento. As terças-feiras estão reservadas para as artes visuais, as quartas são os dias da Dança e as quintas-feiras trazem espetáculos de Música. Os documentários ficam disponíveis no canal a partir de 18h30. A programação das duas primeiras semanas também já pode ser assistida por lá.

Multilinguagens, diversidade, resistência

Além da proposta de ser multilinguagens, a programação é marcada pela grande diversidade de estilos dos artistas, trazendo ao público um termômetro bem estimulante da atual produção artística independente de São Paulo.

Nesse momento de pandemia, a arte com sua força humanizante ganha novas importâncias, tanto para artistas quanto para o público.

Sobre o Coletivo Digital

A realização do Festival Multilinguagens é do Coletivo Digital, ONG que desde 2004 trabalha com o uso de tecnologias digitais livres voltadas para a inclusão social e para a democratização do conhecimento e da produção cultural.

Ao longo de seus 17 anos de história, o Coletivo Digital já participou de diversos projetos de inclusão digital em parceria com diferentes esferas de governo.

Também realizou a conversão em audiolivro de duas mil páginas do Educador Paulo Freire, trabalho foi feito em parceria com o Instituto Paulo Freire que disponibiliza o acervo em seu site.

O Coletivo Digital produz conteúdos audiovisuais, falando de cultura digital e direitos na internet.

A ONG ainda realiza webséries registrando o trabalho de músicos, além de oferecer uma agenda cultural em sua casa onde realiza shows, exposições, cursos, debates e outras atividades voltadas a artistas independente e aos direitos humanos (programação suspensa durante a pandemia).

O Festival é realizado por meio do ProaC (Programa de Ação Cultural), através da Lei Aldir Blanc de incentivo à Cultura. Wilken Sanches, diretor executivo do Festival, lembra que esta lei foi uma grande vitória de toda a classe artística durante esse período de pandemia. “Esse Festival é uma oportunidade de apresentar o trabalho de artistas independentes e muito diversos para o Brasil todo”.

Programação

Semana 4 (17, 18 e 19 de Agosto)

Isidro Sanene (@isidrosanene)
Terça-feira (17 de Agosto)

Nascido em Angola, chegou ao Brasil em 2010. Além de artista plástico é escritor com mais de 10 livros lançados, professor e produtor cultural em busca de unir a cultura angolana e brasileira. Tem obras espalhadas em mais de 10 países.

Márcio Greyk (@marciogreykzb) e (@zumb.boys)
Quarta-feira (18 de Agosto)

É diretor e intérprete criador do Grupo Zumb.boys, além de preparador corporal e arte-educador. Chega ao Festival Multilinguagens com seu espetáculo “Solos de Laje”, que “carrega a ideia desse chão que nos sustenta, que nutre, que dá base para caminhar e nos construir.

Pedro Bienneman (@pedrobienemann)
Quinta-feira (19 de Agosto)

Pedro é músico, produtor musical e compositor. Suas canções transitam entre MPB, Neo, Soul, Pop, Rock e da Música Eletrônica, com melodias suaves, belos timbres e letras ácidas, sempre com muito talento e sensibilidade!

Semana 5 (24, 25 e 26 de Agosto)

Mauro Guatelli (@mauro.guatelli)
Terça-feira ( 24 de Agosto)

Aluno no @cursododalton desde 1984. Ali deu o primeiro passo para sua formação e carreira. Onde quer que esteja, desenha as pessoas, a arquitetura, os costumes, a natureza. Traz ao Festival sua série de releituras sobre o Grande Serão Veredas, livro sempre presente em sua cabeceira.

Cia Brasílica (ciabrasilica) e (@decamadureiraf)

Quarta-feira (25 de Agosto)
Fundada pelo multi-artista pernambucano Deca Madureira, a Cia Brasílica apresenta “Canteiro de Obras”. O espetáculo é baseado em uma pesquisa de Deca e reproduz em seus gestos, sonoridades e figurinos, esse ambiente tão integrado por nordestinos, e onde sua cultura resiste. Artista com longa trajetória nas danças populares, Deca entrelaça gestos de dança e de trabalho na obra.   

Timbiraçu (@timbiracu)
Quinta-feira (26 de Agosto)
As composições da Timbiraçu bebem nas fontes africanas, indígenas e tradicionais brasileiras, dialogando com a cultura latino-americana, o jazz e o funk. Tudo isso é abrilhantado por instrumentos como a M’bira (Moçambique e Zimbabwe) e Timbila (Moçambique) que são construídos por Fabio Matu, um dos idealizadores da banda.  

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