Boca de Rua: outra peça no quebra-cabeças das mídias livres

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Curta conta trajetória incomum de jornal produzido há doze anos, em Porto Alegre, por moradores das ruas. “Mostramos o que a sociedade não vê”, dizem

Por Cibelih Hespanhol

Desde 2001, é distribuído nas ruas de Porto Alegre o único jornal brasileiro feito exclusivamente por moradores de rua. O projeto Boca de Rua traz em suas matérias o ângulo “do que a sociedade não vê”, como conta uma das integrantes do jornal.

Sustentado inicialmente por apenas três pessoas, hoje o Boca possui quase 30 integrantes (que trabalham na reportagem, fotografia, diagramação e distribuição). E das 150 pessoas que já passaram por suas páginas, cerca de 70 chegaram a sair das ruas. A iniciativa de uma comunicação feita por quem não tem voz partiu das jornalistas Rosina Duarte e Clarinha Glork, que tinham como objetivo desconstruir o estigma que paira sobre os moradores de rua – população que vivem diariamente em condição de invisibilidade social.

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Atualmente, a ONG Alice (Agência Livre para Informação, Cidadania e Educação) apoia o projeto Boca de Rua e o Boquinha – destinado para os filhos dos moradores de rua.

Marcelo Andrighetti conheceu o Boca há dois anos, quando comprou um exemplar por R$1,00. Hoje, é diretor do vídeo de 10 minutos que conta sua história, o Boca de Rua – vozes de uma gente invisível. O curta foi contemplado na categoria web documentário pelo programa Rumos Itaú Cultural 2013. Confira!

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3 comentários para "Boca de Rua: outra peça no quebra-cabeças das mídias livres"

  1. marcio ramos disse:

    Adoro este trabalho do Boca de Rua em POA e o Boquinha não conhecia… quem sabe um dia vamos ver o povo recusando esta porcaria de Rumos Itau…

  2. Tamiris Imai disse:

    Excelente projeto! Gostaria de saber se você sabe alguma forma de adquirir esse jornal, mesmo que sejam as publicações mais antigas?

  3. Naná Campos disse:

    Muito massa! Adorei a iniciativa, adorei o jornal, o projeto, as pessoas, as ideias. Muito bacana mesmo!

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