Nunca antes na história dos Estados Unidos
Publicado 05/05/2016 às 16:55
Uma pesquisa explica a porquê do fenômeno Bernie Sanders: agora, 51% da juventude norte-americana rejeitam o capitalismo. Mas.. isso basta?
A campanha meteórica de Bernie Sanders à presidência dos EUA surpreendeu o mundo. Num país em que o espírito capitalista é visto quase como parte da própria nacionalidade, um candidato que se declara “socialista democrático” e defende o controle social sobre os mercados financeiros chegou a desafiar Hillary Clinton. Como isso foi possível?
Uma pesquisa da Universidade de Harvard, divulgada nesta segunda-feira (2/5) pode ajudar a encontrar as respostas. Ela revela que 51% dos “jovens adultos” — a população entre 18 e 29 anos — rejeitam o capitalismo em sua forma atual (o “capitalismo realmente existente”, em outros palavras). Apenas 42% o apoiam. Além disso, quase 50% dos entrevistados nesta faixa de idade defendem a Saúde com um serviço público, a ser custeado pelo Estado — o que é um anátema, nos EUA. E mesmo entre os mais idosos, e eleitores do Partido Republicano, diminuiu sensivelmente a porcentagem dos que defendem as lógicas do sistema.
Os resultados suscitam outra questão: se até mesmo nos EUA o contingente de críticos ao capitalismo é tão grande, por que é tão difícil desafiar o sistema — cujas lógicas parecem cada vez mais entranhadas nas sociedades? Outras Palavras está traduzindo, e publicará em breve, uma entrevista em que o filósofo Jacques Rancière aporta mais alguns elementos à compreensão do problema.
Estamos numa fase de transição, diz ele. As lógicas do capitalismo podem ser as mesmas, mas sua configuração mudou. “Antes existiam ‘grandes subjetivações coletivas’ (por exemplo, o movimento operário), que permitiam aos excluídos incluir-se no mesmo mundo daqueles a quem combatiam. Mas a virada neoliberal destroçou estas forças”.
Para Rancière, um dos passos indispensáveis é construir novas subjetivações coletivas, novas formas de estar no mundo que abranjam — e sejam mais corrosivas e portadoras de alternativas — do que os pertencimentos a gênero ou etnia, por exemplo. Sem isso, teme o filósofo, o risco é que a crítica ao capitalismo dissolva-se em fragmentação impotente.
Fico pasmo de ver como é vocês conseguem “embrulhar” o assunto, criar uma espuma para gerar ao fim um factóide, Tudo é válido para: desqualificar o capitalismo e demonizar o neoliberalismo.
Com que cara de pau o autor omite dados da pesquisa original, torce o assunto para geral uma vergonhosa versão: comecemos por esta frase resumo da pesquisa feita pelo Harvard IOP (youth poll – pesquisas sobre a juventude) : Majority reject both socialism and capitalism! este é o resultado meu caro.
Vou publicar aqui o link para você reler a pesquisa na fonte original e refazer suas afirmações mentirosas: http://iop.harvard.edu/youth-poll/harvard-iop-spring-2016-poll
2. Você esquartejou o texto da obra do Ranciere….que covardia.
A destruição do planeta é o inimigo que o próprio capitalismo criou. O jovem quer uma nova alternativa de vida.