Fidel, por Eduardo Galeano

“E seus inimigos não dizem que apesar de todos os pesares essa ilha sofrida mas obstinadamente alegre gerou a sociedade latino-americana menos injusta”

Fidel na Serra Maestra, durante a luta de guerrilhas (Foto: Enrique Meneses, no “Paris Match”)
.

Em 2016, aos 90 anos de idade, morreu Fidel Castro. Sua morte foi anunciada pela televisão estatal de Cuba por Raul Castro, seu irmão, companheiro de guerrilha e presidente do país caribenho:

“Querido povo de Cuba
Com profunda dor compareço para informar a nosso povo, aos anmigos da nossa América e do mundo, que hoje, 25 de novembro de 2016, às 10h29 da noite, faleceu o Comandante em Chefe da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz. Em cumprimento a vontade expressa do companheiro Fidel, seus restos serão cremados”

A seguir, reproduzimos trecho livro Espelhos, uma história quase universal, de Eduardo Galeno, traduzido por Eric Nepomucemo.

***

Seus inimigos dizem que foi rei sem coroa e que confundia a unidade com a unanimidade.
E nisso seus inimigos têm razão.

Seus inimigos dizem que, se Napoleão tivesse tido um jornal como o Granma, nenhum francês ficaria sabendo do desastre de Waterloo.

E nisso seus inimigos têm razão.

Seus inimigos dizem que exerceu o poder falando muito e escutando pouco, porque estava mais acostumado aos ecos que às vozes.

E nisso seus inimigos têm razão.

Mas seus inimigos não dizem que não foi para posar para a História que abriu o peito para as balas quando veio a invasão, que enfrentou os furacões de igual pra igual, de furacão a furacão, que sobreviveu a 637 atentados, que sua contagiosa energia foi decisiva para transformar uma colônia em pátria e que não foi nem por feitiço de mandinga nem por milagre de Deus que essa nova pátria conseguiu sobreviver a dez presidentes dos Estados Unidos, que já estavam com o guardanapo no pescoço para almoçá-la de faca e garfo.

E seus inimigos não dizem que Cuba é um raro país que não compete na Copa Mundial do Capacho.

E não dizem que essa revolução, crescida no castigo, é o que pôde ser e não o quis ser. Nem dizem que em grande medida o muro entre o desejo e a realidade foi se fazendo mais alto e mais largo graças ao bloqueio imperial, que afogou o desenvolvimento da democracia a la cubana, obrigou a militarização da sociedade e outorgou à burocracia, que para cada solução tem um problema, os argumentos que necessitava para se justificar e perpetuar.

E não dizem que apesar de todos os pesares, apesar das agressões de fora e das arbitrariedades de dentro, essa ilha sofrida mas obstinadamente alegre gerou a sociedade latino-americana menos injusta.

E seus inimigos não dizem que essa façanha foi obra do sacrifício de seu povo, mas também foi obra da pertinaz vontade e do antiquado sentido de honra desse cavalheiro que sempre se bateu pelos perdedores, como um certo Dom Quixote, seu famoso colega dos campos de batalha.

Fidel com a guerrilheira Celia Sánchez,
Com Ernest Hemingway, um dos poucos norte-americanos que permaneceu em Cuba após a revolução
Falando à multidão, num longuíssimo discurso na Praça da Revolução, Havana
Com Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sarte, nos primeiros anos da revolução
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Com Angela Davis e Malcolm X (na foto acima), durante uma visita aos EUA
Com o primeiro-ministro sueco Olof Palme, o líder mais ousado da social-democracia europeia
Com Salvador Allende, na breve aventura do Poder Popular chileno
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37 comentários para "Fidel, por Eduardo Galeano"

  1. Marie disse:

    Meu… Esse Roldão é idiota e bate no peito e tem orgulho de ser idiota! Kkkkkkkk Serviu pra dar boas risadas… Obrigada… Kkkk kkkk kkkk kkkk kkkk

  2. Não estou contente porque acho que o povo cubano não merece. É prematuro afirmar que a ditadura em Cuba chegou ao fim com as cinzas do Fidel. Com certeza, foi um imenso passo nessa direção. Sem Fidel, a ditadura cubana é insustentável. Para se preservar no poder, Fidel sufocou a formação de lideranças políticas capazes de manter a ditadura cubana. Não existe liderança em Cuba capaz de prosseguir a ditadura. O Raul Castro é um banana. Sempre ficou à sombra do irmão barbudo. Na maioria das ilhas caribenhas que se livram das ditaduras, sobrevém um período de instabilidade política que, se não for controlado, deságua no rompimento do tecido social. Veja o caso do Haiti. O pesadelo da ditadura Tonton Macoute foi substituído pela violência disseminada em todo pais. Hoje, o Hati depende da intervenção da ONU para conseguir a paz e a governabilidade. No caso de Cuba, espero que não aconteça o mesmo. Repito: O povo cubano não merece uma desgraça desse tamanho. Vamos rezar para que os cubanos ricaços de Miami resolvam “tomar de assalto” a ilha, com o beneplácito dos EUA já que sustentam a Base Militar de Guantánamo. Como não existem lideranças cubanas, vai ser muito fácil Cuba tornar-se o 51º estado dos EUA, rendendo-se ao “ american life style”. Vai ser muito bom para o povo cubano que está ansioso para que essa invasão se efetive. No entanto, espero, honestamente, que isso não aconteça, pelo fato do BNDES ter financiado – a fundo perdido – a construção do Porto de Mariel. Vamos “entregá-lo de bandeja” para os ianques? Vamos reclamar na OEA? Vamos exigir indenização? Vamos ocupá-lo militarmente? Ou vamos reclamar para o Papa? Você decide!!!

  3. Prezado José Mário. Nos meus tempos de “coxinha” do Molusco Apedeuta, no período compreendido entre 2008 e 2014, procurei aproveitar o espaço aberto nas minhas finanças pessoais para empreender viagens ao exterior com o fito de conhecer outras culturas. Sou um reles funcionário público aposentado, com os filhos criados, formados e empregados. Não tenho posses e nem títulos, mas sempre tive o interesse de conhecer os ditos “paraísos socialistas”. Aproveitei a oportunidade. Visitei, em 2009, o interior da Rússia, durante 20 dias. Em 2011, visitei Cuba, durante 20 dias também. Em 2013, visitei alguns países da antiga “Cortina de Ferro”. Curiosamente, nunca visitei a nossa Grande Irmã do Norte. Não foi por falta de oportunidade. Meus netos conhecem Orlando, no Estado da Florida. São filhos de ex-“coxinhas”. Foi por desinteresse. Foi por despeito e inveja. Tenho inveja de um povo que tem a consciência e o orgulho de pertencerem a uma nação onde existem oportunidades para todos e influencia os outros povos pelo seu poder econômico, militar e tecnológico. Tenho inveja de um povo que tem a consciência e o orgulho de que uma prosaica e confusa eleição de presidente da república desequilibra o planeta. O eleito nem assumiu o poder e o mundo já está desequilibrado por conta de boatos sobre a formação do gabinete de governo. Tenho inveja de um povo que tem a consciência e o orgulho de que a sua moeda é padrão internacional de troca comercial, desde meados do século passado. Uma moeda que é disputada por todos. Uma moeda que tem mercado. Tenho inveja de um povo que tem a consciência e o orgulho de que as condições de bem estar social do seu país é capaz de atrair outros povos em busca de educação, conhecimento, liberdade e independência financeira. Quanto aos jovens que atiram em jovens, o Brasil não é palco dessa crueldade. Não existem registros de jovens brasileiros que atiram em jovens brasileiros. Nesse aspecto, o Brasil é um paraíso. Quanto à tensão de ser explodido a qualquer momento, o brasileiro não vive essa tensão durante um assalto a banco com o uso de explosivos. No Brasil, o explosivo usado nesse tipo de assalto é cuidadosamente calculado e instalado de forma a não causar danos pessoais. Os assaltantes utilizam a alta tecnologia brasileira nessa atividade. Só causam danos patrimoniais. Assustam… mas não matam ninguém. Quanto aos presidiários, o Brasil é exemplo. Nossos presidiários são muito bem tratados. Não existem registros de rebeliões nos presídios. A população carcerária brasileira é muito bem distribuída. O sistema prisional brasileiro estimula que os detentos se organizem em associações para que as suas reivindicações por melhores condições carcerárias sejam prontamente atendidas, dentro da disponibilidade existente no Orçamento da União. Nesse aspecto, o Brasil é um paraíso, também.

  4. Senhora Magda. De fato, foi o Soldado Mario Téran, a mando do Coronel Zenteno Anaya, ambos do Exército Boliviano, quem apertou o gatilho da pistola que deu o tiro de misericórdia bem no coração do Che Guevara, no dia 9 de outubro de 1967. Ele foi o executor da sentença. Mas quem condenou o Che à pena de morte foi o Fidel, em Havana. Esse tiro de misericórdia foi disparado em Havana. Vou explicar. No período de consolidação da revolução cubana, o Che Guevara representava ameaça concreta ao plano de perpetuação no poder da família Castro. Na época, o Che Guevara gozava de muita popularidade entre os cubanos. No entanto, a dificuldade de aceitação do Che como chefe revolucionário cubano foi a sua naturalidade argentina. Em Cuba, o Che era um forasteiro inconveniente. Muito inconveniente. Era mais popular do que a camarilha cubana. Aos olhos dos cubanos, o Che era uma Brastemp quando comparado com os irmãos Castro. Para se livrarem do Che, os irmãos Castro maquinaram um estratagema com os EUA. O estratagema foi o seguinte: Os irmãos Castro entregariam o Che para os EUA que se encarregariam de “mandá-lo desta para melhor”. Em troca, os EUA consolidariam a base militar de Guantánamo e não importunariam mais a ditadura recém-implantada, esquecendo a Crise dos Mísseis que colocou o mundo a beira de uma hecatombe nuclear, em 1963. Simples assim. A oportunidade surgiu em 1965, quando o Che foi convencido pelos irmãos Castro a levar a revolução para o mundo. O Che tentou na África, mas não deu certo. O tribalismo africano foi mais forte do que a utopia socialista. Fracassado, o Che voltou para Cuba com o “rabo entre as pernas”. Mas continuava com a popularidade em alta entre os cubanos, representando alto risco para o “clã” dos Castro no seu projeto de perpetuação no poder. Naquele mesmo ano, os irmãos Castro tiveram a ideia luminosa de convencer o estropício do Che a tentar “revolucionar” a América do Sul. O país escolhido foi a Bolívia. Na Bolivia, o Che foi recepcionado pelo socialista Mario Monge – amigo de Fidel – que pregava a tomada do poder pela via pacífica. Nessa “altura do campeonato”, o Che já abraçava a tese da tomada do poder pela luta armada com a mobilização do foco guerrilheiro – teoria foquista – bem ao gosto do “ou tudo ou nada”… “ou vai ou racha”. O esperto Mario Monge tratou de isolar politicamente o doidivanas Che Guevara que resolveu embrenhar-se no altiplano boliviano. As forças de repressão bolivianas, sob a orientação dos ranger ianques, cercaram e prenderam o Che na aldeia de La Higuera – Departamento de Santa Cruz de la Sierra, no dia 8 de outubro de 1967. No outro dia, “esticaram os cambitos” do Che, dando-lhe o tiro de misericórdia bem no coração. Como os fatos mostraram no decorrer dos anos, os EUA e os irmãos Castro cumpriram o acordo. Os EUA consolidaram a base militar em Guantánamo, chegando a transformá-la em presídio para os terroristas da ALQAEDA, após o 11 de setembro. Os EUA “esqueceram” a Crise dos Mísseis e não importunaram a ditadura cubana. O Fidel continuou a fazer aqueles discursos intermináveis com mais de 7 horas de duração. O Fidel permitiu que milhares de cubanos fugissem de balsas improvisadas – enfrentando tubarões – para a liberdade nos EUA. O Fidel iniciou uma política de ingerência nos governos de “esquerda caquética” da América “Latrina” pelo estímulo às diretrizes do Foro de São Paulo. Nós ficamos livres do Che e das confusões que ele aprontaria na América “Latrina”. Em contrapartida, o “clã” dos Castro livrou-se das garras da águia americana. A eliminação do Che abalou, profundamente, a luta armada na América do Sul. Não havia mais um parâmetro. Uma referência. Um alento. Restaram apenas alguns movimentos revolucionários que lançaram mão do narcotráfico para continuarem atuantes “a meia-boca”, praticando atrocidades até os dias atuais, como foram os casos do Sendero Luminoso (Peru), e do ELN e FARC (Colômbia). Os movimentos revolucionários na América “Latrina” foram sufocados. No Cone Sul, a Operação Condor abriu as suas asas. No Bico do Papagaio brasileiro, a guerrilha rural foi radicalmente estirpada. O que sobrou? Apenas aquela imagem de olhar sinistro do Che e o pó do Fidel. Fidel foi cremado por que os cubanos não tem CAPITAL para embalsamar e expor a sua carcaça fedorenta, tal como Lenin e Mao. Os esquerdopatas da América “Latrina” estão órfãos. Que pena!!!

  5. Beto Blogs disse:

    Ponto de vista sensato e concreto. Parabéns !

  6. Beto Blogs disse:

    Bacana. Gostei !

  7. Beto Blogs disse:

    Gostei…

  8. Etiene Oliveira disse:

    Vc tá contente c isso?

  9. josé mário ferraz disse:

    O paraíso do comentarista Roldão é onde jovens disparam armas sobre outros jovens e o povo vive sob tensão pela possibilidade de se explodido a qualquer momento. É também o país em todo o mundo com maior número de presidiários. Qual a vantagem dos dólares?

  10. Prezado Dante. Na ilha de Cuba só tem cubano que não conseguiu fugir para Miami ou é “amigo da ditadura”. É fácil administrar uma ilha com mão-de-ferro, cercada por um mar infestado de tubarões, a menos de 150 km de uma potência hegemônica que tem dólares sobrando e voando para todos os cantos. Com certeza, alguns milhões de dólares devem pousar na ex-ilha de Fidel, mesmo porque a nossa Grande Irmã do Norte, além de acolher uma população cubana muito maior do que a população de Cuba, mantem uma base militar em Guantánamo, incrustada no litoral ensolarado de Cuba. Conheço Cuba. Nas minhas andanças pelas ruas de algumas cidades cubanas, observei que, de fato, não existe racismo “strictu senso”, mesmo porque a população é predominantemente morena, graças a um processo de miscigenação que é exemplo para os povos que adotam a prática execrável do racismo. Existe o racismo ideológico. Quem não é simpatizante da ditadura Castro sofre a segregação ideológica que é tão perversa quanto a segregação racial. Quando não são presos e torturados pelas forças de repressão da ditadura cubana, os dissidentes inimigos do regime não tem acesso às tão propaladas educação e medicina “de qualidade”. Diga-se de passagem: “qualidade cubana”. A Cuba que conheci, em 2011, não é um paraíso! O paraíso cubano é restrito ao turista. O paraíso cubano é montado para capturar dólares americanos. O cubano normal não tem acesso ao paraíso do turista. As cidades são velhas, malcuidadas e fedorentas. A maioria da população não tem acesso ao papel higiênico. Quando precisam de papel higiênico, usam jornal. Preferem o Granma. É uma forma de protestar contra a ditadura. O “riso franco e sofisticado do povo cubano” só é percebido na presença de um punhado de dólares americanos, de libras esterlinas e de euros. Eles detestam dólares canadenses, dólares australianos, libras escocesas e outras moedas da periferia. Reais e pesos??? Nem pensar!!! Choram de tristeza – franca e sofisticada – quando percebem que essas moedas periféricas ser-lhes-ão oferecidas. Não se deixe emprenhar pela “mídia golpista a serviço do grande capital e do império ianque”. Vá à Cuba como eu fui. Vá agora… antes que aquela ilha se torne um novo Haiti que se sucedeu à ditadura Tonton Macoute. Na melhor das hipóteses, antes que se torne o 51º estado dos EUA. Que o Fidel descanse em paz nas profundezas do Inferno! Abraçadinho com o Satanás!

  11. Adorei o texto. Não existem países perfeitos…porque não existem seres perfeitos que os governem e que neles participem.
    Mas Eduardo Galeano disse tudo quando afirmou isto; “E não dizem que apesar de todos os pesares, apesar das agressões de fora e das arbitrariedades de dentro, essa ilha sofrida mas obstinadamente alegre gerou a sociedade latino-americana menos injusta.
    E seus inimigos não dizem que essa façanha foi obra do sacrifício de seu povo, mas também foi obra da pertinaz vontade e do antiquado sentido de honra desse cavalheiro que sempre se bateu pelos perdedores, como um certo Dom Quixote, seu famoso colega dos campos de batalha.”..
    Galeano confirma e aceita “as agressões de fora e as arbitrariedades de dentro” (logo não está a branquear os erros cometidos por Fidel) MAS que no entanto conseguem, nessa ilha-Pátria (outrora recreio dos grandes Estados Unidos, onde o ganha-pão dos cubanos eram maioritariamente os casinos, a prostituição e ser “criado do sr. fulano tal.. factos comprovados para os estudiosos de Cuba durante o regime de Batista), com o “sacríficio de seu povo” conjuntamente com “a pertinaz vontade…e sentido de honra desse cavalheiro” fazer de Cuba a sociedade latino-americana menos injusta.
    A sociedade latino-americana menos injusta. Porque nessa sociedade, a saúde é um bem universal, a educação é um bem universal, a cultura é um bem universal. Porque nessa sociedade as estatísticas de saúde materno-infantil fazem inveja ao grande Império USA…Estes são factos que quem está do outro lado tenta ignorar, menosprezar como se não fossem nada, como se a saúde universal, a educação e a cultura fossem menos importantes que os meros bens de consumo a que tantos de nós “temos direito” a comprar ou pensar que um dia podemos comprar e que em Cuba não existem (causa de um embargo económico que existe desde os anos 60 quando Fidel não se deixou vergar perante o grande império)….vivemos numa ilusão de consumo, que nos dá ilusão de liberdade e/ou democracia (quanto mais compras, mais gastas, mais livre és, não é mesmo?) quando sabemos nos nossos corações que aquilo que importa é a saúde, o conhecimento, a alegria que a cultura nos traz.
    Conhecendo Cuba e o seu povo só posso expressar grande admiração pela dignidade, pela humanidade, pela ética que me ensinaram. Fidel será no meu coração sempre o “Comandante” porque só assim serei capaz de honrar o povo Cubano!

  12. Paulo Afonso Caruso Ronca disse:

    EDUARDO GALEANO, SE VC NÃO EXISTISSE, EU TE INVENTARIA, POIS É IMPOSSÍVEL VIVER SEM A SUA SABEDORIA!!!!

  13. Atento disse:

    Viva o Povo Cubano!

  14. Arthur disse:

    Como sempre muitos execram a figura de Fidel Castro baseados nas (des) informações da mídia a serviço do grande capital e do império ianque.Certamente que erros ocorreram, mas, só o fato de uma pequena ilha ter tido a coragem de enfrentar aquele império e ter conseguido atingir niveis altíssimos de qualidade em termos de educação e saúde, muito melhores que os do império do norte, já bastam para dizer que a História o absolverá, mas não absolverá os canalhas ultraneoliberais e neofascistas que atualmente buscam estabelecer uma hegemonia em termos de pensamento e de ação. Vide o caso do Brasil nos dias atuais.

  15. Domingos Barroso disse:

    E se Cuba tivesse a felicidade de Fidel não ter nascido e o seu povo pudesse escolher livremente o seu destino ?
    Quantas vidas poupadas ? Quantos mães não tinham vertido lágrimas ,pelos seus filhos desaparecidos ?Quantos assassínios encomendados teriam sido evitados ? Quantos presos políticos não teriam apodrecido nas masmorras do tirano? Quantos daqueles filhos de Cuba que conseguiram fugir á tortura e á perseguição e que no estrangeiro festejaram a morte do ditador podiam estar juntos dos seus tranquilamente a viver em paz e liberdade.? Para quê combater a grande potência ? Para deixar atrás de si um rasto de miséria , um povo esmagado e um país em cacos ?
    Mal dita seja a hora em que uma mãe dá à luz tal filho para regressar ao pó de onde provém com a consciência ensanguentada pelos crimes que cometeu contra o seu povo… Por mais refinada que seja a retórica ,pegue-se o assunto por onde se lhe queira pegar ,um DITADOR É UM DITADOR , ponto final… Só pode ter lugar na história, como um criminoso.

  16. Caro Alex, Basta ler a fábula anti-totalitarismo de George Orwell, “A revolução dos bichos” (ou “Animal farm” no original), e depois disso aproveite e leia também “1984” e fica mais fácil entender o quanto boas ideias e princípios logo descambam para a arbitrariedade e violência desmedida. Tanto faz se o matiz é de esquerda, como o stalinismo, ou direita como o nazi-facismo. O poder absoluto é venenoso e mortal para qualquer aspiração democrática. O problema somos nós, seres humanos, primatas agressivos, egoístas e que vivemos sempre com muita dificuldade em conviver com o “diferente”, pois achamos que quem não concorda conosco automaticamente é nosso inimigo… O caos está sempre a um passo diante de nós. Temos que evoluir como espécie, antes que acabemos com nossos semelhantes e o planeta todo!

  17. Eu não sou manipulada da Globo, Civita,etc, não sou consumista, e não penso que quem não concorda comigo é imbecil!
    Fidel e os outros tiranos assassinos de milhares é que pensava assim também!!!
    Viva a Democracia!

  18. João Pedro disse:

    Cadê o número de vidas que ele salvou?

  19. Neusa Salles disse:

    Completamente de acordo. O desejo de liberdade só se concretiza com democracia

  20. Magda Pasquis disse:

    No es cierto, fue el Cnel. de Ejercito Gary Prado que le disparo y años despues quedo parapléjico, nadie supo cual de sus soldados le disparo. Roldao informate antes de hablar!.

  21. Senhora Maria Mercedes. Antes de 2027, como ou sem o “recrudescimento do mal”, a sua querida Cuba será um Haiti, dominada por gangues de criminosos. Na melhor das hipóteses, será o 51º estado dos EUA. Não vai sobrar nem o pó da Brigada Sul-Americana de Solidariedade à Cuba. Quem viver…verá!!!

  22. Galeano, cuidado com a overdose de romantismo. Não brinque com a opressão sofrida pelos cubanos nesses imensos anos de chumbo que pareciam nunca mais acabar. Daqui para frente não será fácil chegar até a democracia, mas será melhor do que estava, certamente.

  23. Juarez Todeschini disse:

    Um dos gigantes da humanidade comparavel a Churchill, Roosevelt,Lenine.Julgado por imbecis escravizados pelo consumismo e pela manipulacao dos Civitta,Marinho etc e execravel.

  24. rafael disse:

    cadê o número de mortos que ele causou?

  25. Também penso que este foi o maior erro de Fidel Castro.
    A Revolução Cubana, em princípio foi inspiradora, mas depois era preciso a democracia!!

  26. Dirce Saléh disse:

    Falar de Fídeo é falar de um mito Conseguiu fazer tudo do nada,.pois sabemos muito e pouco sabemos na verdade pouco e muito do que fez.Ele mesmo não deixava falava …falava… e pouco falávamos ou refletíamos .Pois não dava tempo para separar suas falas , uma confusão, nos deixava perplexos .Mas sentíamos no povo o resultado de sua obra, refugiados e adeptos , sempre em oposiçao Como um bom lider fez sua história.Assim fica na história.Os opostos falam dele , uma obra de arte.Agora é pesquisar que pena… que não pessoalmente mais. Mas a história são mesmo de fatos passados.Foi grande, deixou enorme legado, anos…Ninguém pode negar que valeu e vai valer saber , agora toda a verdade .Será? rsrsrs. É…Sua marca maior ficará no século XX.
    Dirce Saléh 28 /11 2016

  27. Marcus Braga disse:

    Sob essa ótica distorcida da realidade Hitler fez mais pela Alemanha e pelo mundo, lembra inclusive a antiga propaganda do Estadão. Existe um certo romantismo nesse Galeano , mas que fora da mesa do bar não se sustenta.É só mais uma opinião baseada na fantasia.Entre muitos chopes viva a utopia e seus devaneios.

  28. Alex disse:

    Difícil aceitar que uma pessoa que foi presa depois expulsa do país, da sua pátria, se encheu de razões e motivos para lutar contra falta de liberdade de expressão e no momento em que conquista através de uma “verdade legitima”, se afunda na sua própria verdade, mata, cala, prende, expulsa, e condena seu próprio povo a viver em um país onde são proibidos de frequentar “Paraísos” destinados aos poetas, pensadores, amantes estrangeiros apaixonados pela sua “luta”, pela sua memória, filosofia, força e caráter?!.
    Por que tantas bandeiras, do inimigo numero um, estampados em camisetas, biquinis, bonés, chaveiros, flâmulas de taxis, usada quase como uniforme, por uma população que mal pode sair do seu país? Eles vivem um dia a dia que poucos gostariam de ter, com problemas sérios de emprego, distribuição de agua e alimentos, coisas simples! Sempre com sua moeda menos valorizada e desenvolvendo uma cultura do sorriso fácil e largo a troco de poucos CUCS;
    para poder fechar a conta no fim do mês, que sorriso caro esse!?
    Difícil de aceitar! Se foi verdadeiro esse “sacrifício de um país” o tempo e só o tempo esclarecerá essas meias verdades… tantos as minhas quantos as suas….

  29. Robson Luiz disse:

    Obrigado pela importante informação.

  30. Adão disse:

    Há um princípio que diz que o poder é como o abismo, que causa atração. Fidel derrotou a política do torcionário Fulgêncio, por uma política totalitária não devolvendo ao povo a tão proclamada liberdade, impondo-se, como todos os ditadores pela força dos exércitos enganando o seu próprio povo.

  31. Dante Romanó Neto disse:

    Não fiquei sabendo de uma Pátria latino americana que tenha superado o racismo tão bem. Os indicadores de de saúde, escolaridade e o riso franco e sofisticado do povo cubano seguem. Parece que Fidel teria dito: Não me julguem, julguem o povo cubano.
    Descanse em Paz Fidel Castro.

  32. Priscila Figueiredo disse:

    Bonita homenagem, Antonio

  33. Luciana Ribeiro disse:

    Eu e minha família.

  34. Dorothea Luz disse:

    Que bom conhecer melhor a história deste valoroso homem que ousou contrariar os poderosos. Onde encontro mais informações sobreca brigada de solidariedade à Cuba?

  35. Reonaldo manoel goncalves disse:

    Olá. Eu tenho interesse! Como faço para maiores informações?

  36. Maria Mercedes Merry Brito disse:

    Prezado Antonio, apreciei muitos esse recorte sobre nossa querida Cuba, Bem à propósito em tempos de “recrudescimento do mal”, no mundo contemporãneo. Seria interessante conhecermos um pouco mais a história da Brigada Sul – Americana de Solidariedade à Cuba que ocorre por lá todos os anos arregimentando gente de muitos cantos. A próxima em sua XXIII versão, acontecerá entre 25 de abril e 07 de maio de 2017. Quem se habilita?

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