ASSIM SURGIRÁ A CIDADE DO CUIDADO

Urbanismo feminista e o papel central da vida

Imagem: Tonina Matamalas

Estrutura urbana atravanca as tarefas de manutenção da vida e favorece violência machista. Urbanismo Feminista propõe: e se no pós-pandemia redesenharmos as cidades, com base na vida comunitária — e não para homens, carros e mercadorias?

Adriana Ciocoletto em entrevista a María Fernanda Arias Godoy, no Dois Pontos

No ponto de ônibus, ao caminhar por ruas mal iluminadas ou voltar do trabalho à noite, uma cidade mais hostil é imposta às mulheres, principalmente as negras e periféricas, expostas às múltiplas violências. Nas calçadas precárias ou inexistentes, nos mercadinhos e feiras cada vez mais distantes, na parca oferta de transporte público, na impossibilidade de fazer trajetos a pé ou em bicicleta, nas dificuldades de levar os filhos à escola ou creche ou um familiar ao posto de saúde, evidencia-se um urbanismo feito por homens – brancos e com carro. O trajeto priorizado é o das mercadorias – e, por conseguinte, o “ir e vir do trabalho”, transformando-nos todas e todos em produtos da vida urbana. A virtual segurança do lar, muitas vezes, é mais mortal que as ruas e o vírus: no Brasil pré-pandemia, uma mulher, a cada dois minutos, sofre violência doméstica; a cada 7 horas, uma é assassinada. 

Mas diante de cidades planejadas e construídas sob uma visão capitalista, androcêntrica e racista, o Urbanismo Feminista propõe uma mudança radical de paradigmas, baseado em diagnósticos minuciosos da realidade, considerando-se as desigualdades históricas e a diversidade de cada lugar, e em mecanismos verdadeiramente participativos, em oposição a ações genéricas. É uma forma colocar a vida no centro do planejamento urbano — e valorizar a esfera reprodutiva antes da produtiva.

“O Urbanismo Feminista se aprofunda nas particularidades e nas necessidades, de forma não neutra: prioriza os novos conhecimentos a partir dos invisibilizados e das mulheres, que historicamente adquiriram o papel de cuidadoras, o que gera desigualdades de gênero em diversas políticas, inclusive no urbanismo”, explica a argentina Adriana Ciocoletto, doutora em Arquitetura e Urbanismo. Ela vive em Barcelona, na Espanha, e é uma das fundadoras do Coletivo Punt 6 que, há mais de 15 anos, reúne arquitetas, sociólogas e urbanistas para repensar espaços domésticos, comunitários e públicos a partir da diversidade, visando uma transformação feminista da sociedade a partir do espaço urbano. 

Um questão que Ciocoletto destaca é que o confinamento, enfim, escancara a importância do trabalho de cuidado na vida urbana — que, geralmente, pesa sobre ombros femininos e periféricos, responsáveis pelas tarefas domésticas, por cuidar e educar os filhos, zelar pelos idosos e enfermos. Em suas casas, essas mulheres realizam essas atividades, injustamente, sem serem remuneradas nem valorizadas; nos bairros médios e nobres, também é grave, já que se veem obrigadas a aceitar condições precárias de trabalho e salários baixíssimos. Um trabalho inviabilizado que sustenta a economia capitalista.  

“Sem reprodução não existe produção possível. Portanto, sem investimento na sustentabilidade da vida não existirá empresa ou Estado que funcione”, afirma a arquiteta e urbanista argentina. “O que importa é a vida humana e também as outras vidas, pois se acabamos com o planeta tampouco existirá sobre o que produzir e governar. A única forma de continuar produzindo será colocando o cuidado no centro — e as políticas urbanas devem estar dentro dessa lógica”.

Por que colocar a diversidade e a vida comunitária no centro das discussões sobre cidades é chamado de Urbanismo Feminista, não Urbanismo Democrático ou Urbanismo Plural?

Para nós, o Urbanismo Feminista serve para analisar a vida cotidiana das pessoas, em uma perspectiva de gênero interseccional. Essa maneira de trabalhar visibiliza as opressões, as desigualdades – e também os privilégios. É trabalhar com a diversidade. Dentro da interseccionalidade se incorpora o conceito da diferença de idade, de origem, de gênero, de raça, de etnia, de nível socioeconômico, de identidade sexual ou de gênero, a diversidade funcional – e outras diversidades que existam quando analisamos o território em que estamos trabalhando. Diferentemente de outras aproximações, quando conseguimos isso, é possível realizar um trabalho mais minucioso. Para a gente, é importante explicar isso: ao sermos minuciosas nas análises conseguimos não universalizar as necessidades – e incluir outras sujeitas e sujeitos. É nisso que o Urbanismo Feminista se diferencia dos outros, chamados seja lá como for, colocando nome nas coisas – e aquilo que está por detrás de cada nome.

O feminismo se constitui, dentro da teoria e prática, como um enfoque da diversidade de sujeitas e sujeitos, entendidos a partir de um olhar amplo e inclusivo. Por isso, acreditamos que no feminismo é fundamental dar nomes às pessoas e entender suas necessidades e diferenças para, assim, conseguir dar respostas. Fala-se de população, de urbanismo bom para todas e todos, de resolver as necessidades da população ou da vizinhança. Mas não especifica-se, ao certo, quais grupos ou pessoas. Faltam dados e olhar de forma particular para esses grupos para, assim, não incidir no grande risco de universalizar conceitos, esquecendo das reais necessidades das pessoas.

Logo, metodologicamente, o Urbanismo Feminista tem como premissa trabalhar a diversidade – e, por isso, acreditamos que esse conceito já inclui a pluralidade e a democracia, e assim o chamamos. É reconhecer que o Urbanismo Feminista já tem feito este trabalho. Aqui [Barcelona, Espanha] temos uma trajetória com mais de 40 anos de trabalhos no tema. As contribuições vão de estudos e práticas até políticas, que, em alguns casos, são invisibilizadas, já que muitos se apropriam desse conhecimento, sob a forma de outros pensamentos “menos desconfortáveis”, por assim dizer. Portanto, chamá-lo dessa maneira, de Urbanismo Feminista, também torna visível uma produção de conhecimento que é menosprezada e apropriada pelo sistema patriarcal.

Podemos dizer que o conceito de diversidade que o Urbanismo Feminista incorpora é o do Urbanismo Comunitário. O feminismo também fala nesses termos: comunidade e participação como forma de incorporar as necessidades das pessoas. Mas é feito um aprofundamento nas particularidades e nas necessidades, sem neutralidade: prioriza-se os novos conhecimentos a partir dos invisibilizados e das mulheres, que historicamente adquiriram o papel de cuidadoras, o que gera desigualdades de gênero em diversas políticas, inclusive no urbanismo.

Como o patriarcado se manifesta nos espaços e nas cidades? Como planejar e gerir a vida urbana a partir dessa problemática?

O patriarcado manifesta-se por todos lados. É inevitável. Nos bairros, nos povoados, nas cidades. O Urbanismo Feminista possui uma visão crítica sobre como o patriarcado atua também dentro do urbanismo — o qual consideramos que, dentro deste sistema patriarcal, o urbanismo também é capitalista, androcêntrico e também racista

Visto a partir deste enfoque crítico, no de que o patriarcado é o sistema atual sobre o qual vivemos como sociedade, podemos ver como as cidades resultam mais inseguras para as mulheres e meninas: por um lado, pelas violências machistas implicadas por esse sistema e, também, pelas tarefas do cuidado, as quais são desprezadas pelas prioridades do mundo capitalista. Esses são alguns dos grandes temas em que o patriarcado afeta o urbanismo.

A proposta do Urbanismo Feminista pode ser uma mudança radical de paradigmas, pois parte de uma troca de prioridade que coloca de pernas para o ar a este o sistema patriarcal. Em todo o seu conjunto, nas diferentes disciplinas — sobretudo nos trabalhos das economistas feministas — se reinvindica colocar a vida no centro. Isto quer dizer que quando planejamos, devemos pensar quais são as necessidades de uma pessoa cuidadora para, por exemplo, levar uma criança à escola; para acompanhar uma idosa ou idoso; para realizar as compras; como isto pode ser feito em ruas acessíveis e seguras, onde possamos nos movimentar livremente, sem medo, pelos nossos bairros, pelos nossos diferentes espaços — sobretudo com relação à percepção diferenciada de segurança que temos as mulheres e as meninas, devido às violências machistas

Entendemos que os bairros com vida são aqueles bem equipados, com comércio local, onde as pessoas ocupem a rua e exista uma mobilidade sustentável e segura, que prioriza o ir a pé ou em bicicleta em qualquer hora do dia, além da oferta de transporte público; aqueles que cultivam espaços saudáveis de encontro e socialização, equipados com bancos, com vegetação, com árvores, com fontes, com água, com sombra, com sol, bem iluminados e usados por todas as pessoas. A partir dessas soluções, genéricas, há muitas outras, mas essa é a resposta do Urbanismo Feminista: colocar a vida no centro

Você acredita que as cidades latino-americanas teriam desafios maiores para superar a lógica patriarcal de desenho e gestão urbana que cidades de outras regiões do mundo? Há particularidades nesse contexto na América Latina? Como pensar também o recorte racial e o colonialismo na perspectiva do Urbanismo Feminista?

O primeiro que diria é que não gostamos de generalizar assim como não gostamos de universalizar. Acreditamos que as cidades latino-americanas são muitos diversas, assim como as europeias, as africanas e as asiáticas. Entendemos que em todas compartilhamos uma mesma problemática que é este urbanismo patriarcal e androcêntrico, que tem gerado um modelo de urbanismo que tem se repetido em muitos lugares e hoje vemos como isso tem impactado nas cidades globais. Fundamentalmente, o impacto tem sido planejar bairros, cidades e povoados afastados, na maioria das vezes,  da realidade. Estamos falando do urbanismo moderno do século XX, em que as lógicas do mercado provocam estragos em todas as cidades e bairros, ao centrar-se na especulação, no veículo privado para chegar a todos os lugares e na funcionalização do espaço: áreas exclusivamente residenciais — desde as das pessoas trabalhadoras, em bairros humildes, até as de pessoas com grande poder aquisitivo — onde só há moradias e conseguir comprar ou desenvolver atividades comunitárias em tais bairros é inimaginável. Nos bairros mais carentes, os problemas terão que ser resolvidos de forma não remunerada pelas famílias, onde as mulheres terão que se deslocar a outros lugares para conseguir acessar aos recursos. Nos de grande poder aquisitivo, também serão as mulheres, mal remuneradas pelos patrões, que também terão que resolver questões domésticas e o cuidado das pessoas

Essa lógica de cidades também tem gerado áreas comerciais em detrimento do comércio local – e, consequentemente, a degradação dos bairros por falta de vida na rua. Hoje podemos ver também que zonas sanitárias, como hospitais e postos de saúde, estão afastadas dos bairros, além de ser difícil de acessar por falta de transporte público ou pelos espaços de insegurança da cidade, já que essas zonas estão afastadas dos bairros ou distribuídas de forma irregular pela cidade.

Ao final, há territórios melhores equipados, em maior ou menor medida, segundo o contexto e as políticas implementadas, assim como nas periferias, que também podem ter mais ou menos sorte. Mas, em todos os casos, é um mesmo urbanismo que gera as grandes desigualdades, que impactam de forma diferenciadas nas mulheres, e há feminização da pobreza que, de certa maneira, é global, e se reverbera no planejamento urbano. Isso também pode ter tons segundo as políticas mais privatizadoras ou especulativas que tenham sido aplicadas em determinado local. Evidentemente, não é igual em todos os lados, há governos ou políticas que representam de forma mais escancarada esse sistema patriarcal e capitalista. Quanto às lógicas coloniais e o recorte racial, obviamente é global, tanto quanto os investimentos ou a especulação que possamos gerar na Europa ou América do Norte até outros países, ou mesmo em contextos regionais entre uns países e outros.

Algo que poderia ser chave é a diferença entre todas estas desigualdades, quando falamos de cidades latino-americanas – mas também podem ser as asiáticas ou europeias (no caso, as maiores e mais extensas). O investimento nos sistemas de transporte público é chave porque a relação entre tempo e percurso e a distância para o acesso aos recursos de quem está nas periferias, faz com que a desigualdade seja diferente para quem vive em uma cidade com 1,5 milhão de habitantes distribuídos em 100 km² e para quem habita uma com 20 milhões de habitantes em 300 km² ou mais. Isto relaciona-se tanto com contexto físico quanto político, mas também com a maneira de projetar o território, centralizando áreas, sem pensar em espaços ou áreas urbanas intermediárias.

Alguns afirmam que priorizar a vida cotidiana no desenho das cidades é inviável, pois a economia e a produtividade devem vir primeiro como forma de “gerar recursos” às famílias, ao Estado e aos empresários. Existe esse “conflito”? Como superar essa lógica para construir o Urbanismo Feminista?

Aqui direi uma coisa que achamos contundente, que se diz sobretudo na Economia Feminista: fala-se do iceberg, a partir da ponta do iceberg, que seria o sistema capitalista; mas há a base do iceberg, muito maior, que seria o resto, aquilo que é o reprodutivo. Sem reprodução não existe produção possível. Portanto, sem investimento na sustentabilidade da vida não existirá empresas ou Estado que funcionem. O que importa é a vida humana e também as outras vidas, pois se acabamos com o planeta tampouco existirá sobre o que produzir e governar. Portanto, o conflito dado está no fato de pretender só produzir sem investimentos em políticas de cuidado, baseada e sustentada no trabalho invisível de mulheres no mundo todo. A crise dos cuidados é debatida há tempos pelo eco-feminismo, que a compara à crise ambiental – e hoje, mais que nunca, vivemos esse contexto à flor da pele, o que explicita essa crise do cuidado. A única forma de continuar produzindo será colocando o cuidado no centro — e as políticas urbanas devem estar dentro dessa lógica.

As mulheres estamos expostas a níveis exorbitantes de violência em qualquer espaço: violência urbana no espaço público e a violência doméstica dentro de casa, agravada agora com o confinamento social. Como o espaço urbano e arquitetônico pode contribuir para reverter essa tendência de agressão de gênero?

Lamentavelmente, o espaço pode melhorar essa situação, mas não pode erradicar a violência. Existem políticas urbanas que apontam melhorias na segurança a partir do desenho dos espaços ou mesmo do desenho ambiental dos espaços, mas não fazem uma abordagem a partir de uma perspectiva feminista ou de gênero. Só iluminando [praças, ruas, parques etc.], não resolvemos o problema. Pode-se melhorar a iluminação, as condições espaciais, mas sem outras políticas que busquem erradicar as violências machistas, não vai dar certo. Porém, há algumas soluções possíveis como, por exemplo, projetar espaços públicos e moradias que promovam a sociabilidade, a vida comunitária e a ajuda mútua – assim, pode-se favorecer a segurança ou mesmo a percepção de segurança.

Mas evidentemente a violência deverá ser erradicada também com outras políticas. Sobre o espaço doméstico e a violência machista dentro do espaço da habitação, quando sair os números, será chocante, afinal, quando se é necessário uma política onde todo mundo precise ficar em casa, que seria o espaço seguro, para muitas mulheres esse confinamento é justamente o espaço menos seguro de suas vidas. Isso se percebe a partir de pesquisas e denúncias. Há uma falta absoluta de enfoque de gênero: deixar as mulheres encarceradas, presas com seus maltratadores.

Existem propostas para melhorar a percepção de segurança nos espaços, trabalhadas concretamente, desde os anos 90, em Montreal, no Canadá. Na Espanha, inclusive, nós temos contribuído com estas experiências na Catalunha e em outras cidades, trabalhando os Seis Princípios de Montreal, criados pelas canadenses, onde se identificam certas qualidades que devem cumprir os espaços e seu entorno para que, assim, sejam percebidos como seguros. São princípios como espaços bem sinalizados; visíveis, vitais e vigiados, mas a partir de uma vigilância informal, não da polícia ou da câmara de segurança, mas basicamente uma vigilância feita pelas janelas voltadas para as ruas; usos nos térreos dos prédios para que as pessoas possam implantar comércios e serviços. Uma cidade onde exista uma vida comunitária e permita a ajuda mútua e gente na rua.

Mas insisto: a violência machista deve ser abordada de forma multidisciplinar e, sobretudo, vista em sua ampla dimensão, não apenas a tipificada como roubo, furto ou atentado aos bens comuns, que ignora a violência às pessoas. O que insistimos é na percepção de violência porque, às vezes, não necessariamente há violência machista em um bairro, como estupros ou assédios, por exemplo, para que as mulheres se sintam inseguras por ter que chegar as suas casas às 22h, quando já é noite. Já existe todo um contexto sociocultural que diz: “você não pode andar sozinha”, “tem que estar acompanhada”, “se voltar em tal horário pode acontecer tal coisa”. Cada mulher tem sua experiência particular, devido a seus contextos familiares, mas há um contexto social que é iniludível. Que a todas nos marca, de forma mais ou menos intensa, e que faz com que deixemos de utilizar livremente os espaços públicos. Então, com o desenho do espaço, podemos contribuir para melhorar essa percepção.

O Relatório Tempo de Cuidar, divulgado pela organização Oxfam em janeiro, aponta que as tarefas domésticas e de cuidado de idosos e crianças valem mais de 10 trilhões de dólares por ano, um valor ignorado ou mal pago pela sociedade. A quarentena parece expor ao mundo o quão essencial é esse trabalho. A pandemia poderá ajudar a avançarmos em direção a uma Cidade do Cuidado? Que fazer em termos de participação popular e gestão pública?

São as mulheres que, a partir de seu rol de gênero, sustentam a vida – de forma não remunerada ou mal paga, com trabalhos invisibilizados em todo o mundo, como aponta de forma brutal esse informe. É surpreendente que ainda não se tenha gerado políticas do cuidado, um trabalho que é a base do iceberg, evidentemente. Isso porque o cuidado tem sido útil ao sistema patriarcal e capitalista, que se sustenta, em grande parte, graças a esses trabalhos invisíveis. A precarização laboral e os sistemas de produção, por exemplo, não poderiam continuar sem que haja trabalhos de cuidados mal pagos ou não remunerados.

Dentro do urbanismo, as feministas hoje clamam para que se coloque, de uma vez por todas, esse cuidado no centro das decisões urbanas e do planejamento. Para uma mudança de paradigma, evidentemente, será necessário contar com a participação das pessoas, com mulheres, principalmente, com todo seu conhecimento acumulado, para gerar espaços comunitários onde se possa definir um novo modelo de políticas e gestão que a situação atual requererá. Atualmente, esta realidade tem duas dimensões: por um lado, são os dados eloquentes que visibilizam o cuidado e as violências machistas; por outros, são tão globais e vêm a tona nessa crise sanitária, que é mais transversal que as outras crises, que uma consequência possível seja a compreensão de que se não colocamos os cuidados no centro, a sociedade não poderá seguir produzindo nem existindo.


Imagem: Tonina Matamalas

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Um comentario para "ASSIM SURGIRÁ A CIDADE DO CUIDADO"

  1. francisco disse:

    Melhor sistema de ajuda mutua do momento, pois é 100%
    seguro sem intermediario, dinheiro direto na conta…
    vamos divulgar este sistema , muita gente precisando
    dele…. pois a solução do povo está entre o povo, não
    podemos ficar olhando para governo a nossa solução esta
    em nossas mão…. vamos pra cima..

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