Suplicy: "segundo governo Dilma precisa avançar"

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Senador prevê novas manifestações se Congresso eleito, o mais conservador desde 64, tentar barrar avanços que motivaram protestos populares de 2013

Entrevista para o Coletivo Candeia

“Precisamos colocar em prática instrumentos de política econômica que elevem o grau de justiça na sociedade”, afirma o senador não reeleito Eduardo Suplicy (PT-SP), sinalizando que, vitoriosa, a nova presidência de Dilma Rousseff deverá ir além desse primeiro ciclo de redistribuição de riquezas da última década – já em esgotamento.

Para ele, as manifestações de junho de 2013 não se refletiram no resultado das urnas. De fato, segundo o Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), os parlamentares que assumem em 2015 devem compor o Legislativo mais conservador desde 1964. “Se o Congresso quiser barrar os avanços necessários para atender aos anseios da população, sobretudo dos jovens, pode haver manifestações em maior escala no futuro”, observa.

Nesta entrevista, o senador (até 31 de dezembro) fala sobre as jogadas da bancada ruralista para driblar a PEC que permite desapropriar propriedades rurais com trabalho escravo, sobre o fim do financiamento de campanha por empresas privadas, sobre as coligações partidárias e as necessárias reformas no PT.

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