Quem são os policiais que atiçam a violência pelas redes sociais – e faturam pequenas fortunas em vídeos monetizados. Conteúdos incluem esculachos em negros e competição de “quem mata mais”. Fama é trampolim para a política
Novos dados revelam realidade aterradora. Polícia já responde por 44% de todas as mortes violentas de crianças e jovens, em SP; no Rio, 27%. Em 2020, 787 jovens foram mortos por agentes de segurança. Meninos negros são 80% das vítimas
Autor estadunidense, que lança livro no Brasil, provoca: além de abusos e corrupção, controle sobre a vida pública gerou, paradoxalmente, um subpoliciamento. Saídas efetivas contra o crime exigem mais políticas públicas e menos armas
Medo, depressão e ansiedade: um estudo pioneiro na Maré revela que um terço da comunidade sofre em decorrência da violência direta ou indireta – e mais da metade teme ser atingida por tiros. Angústia é ampliada com a presença da PM
Em chacina nunca reconhecida no Brasil, PMs assassinaram 505 pessoas em SP, em 2006. A pretexto de “reagir ao PCC”, polícia barbarizou periferia. Documento denuncia violações e cobra resolução após 15 anos de silêncio do Estado
Dossiê inédito da USP joga luz sobre o problema. Por que violência se interiorizou. Como o PCC controlou-os em SP. Que levou à “aceitação” das milícias. A juventude negra, acossada entre o crime, a violência policial e o apartheid das periferias
Mortes causadas por PMs caíram a zero, nos 18 batalhões paulistas onde foram instaladas. Mas construir nova polícia exige muito mais. E, em outros países, providências semelhantes criminalizaram a população, ao invés de protegê-la
Frente a crise, que pesa mais sobre os ombros femininos, grupos como o Tecelãs apostam em ações solidárias contra a fome e a violência doméstica. Também semeiam o autocuidado entre ativistas, para enfrentar o medo e as desesperanças
Criada na ditadura militar, a corporação tornou-se um “cantinho” do estado de exceção e, hoje, é responsável por 13,3% das mortes violentas no país. Reforma policial é urgente para combater o apartheid nas periferias e a erosão da democracia
Kathlen, jovem grávida, foi assassinada. Nas “balas perdidas” com alvo certo, nas prisões-senzalas e na brutal desigualdade, o passado escravocrata é eterno presente – e parece gritar que negro não tem direito de viver, tampouco de nascer