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Masud Khan trouxe o “ethos” islâmico para o processo analítico. Valorizava o confronto com o verdadeiro “self” e o cultivo do silêncio, em contraste com a discursividade e o acolhimento judaico-cristãos. Um aporte necessário num mundo pleno de sentido pré-fabricado
Ora ameaça, ora apenas ferramenta, é ilusório ver a IA como externa a nós. Ela é fruto do mesmo aparato que reduz nossa subjetividade a um fluxo previsível. É hora de desertar da timeline e reaver o tempo múltiplo – onde podemos ter voz própria
Proliferam, hoje, autodiagnósticos e conteúdos de “aroma” freudiano. A análise, no entanto, segue longe dessas pílulas midiáticas. Trata-se de um espaço de escuta a uma fala que não se dis-trai da dor – nem da delícia – de ser quem se é
Aristóteles divisou o desejo de viver bem, saciável e finito, do abstrato desejo de viver, potencialmente infinito. Sob o capitalismo, Marcuse vê na erótica do dinheiro a dissociação ao princípio de realidade, que se traduz em insaciável acumulação
Suas obras mais obscenas inscrevem o sexo no sagrado. Talvez porque a nudez da mulher, mesmo quando parece “mostrar tudo”, o que mostra é o nada. E a saia, que pulsa aquilo que esconde, se faz metáfora do transporte entre a vida e a morte
Freud mostrou que as massas alienadas se mantêm coesas mesmo na ausência do líder que as forjou. Os laços libidinais que as unem só serão quebrados com a garantia da justiça e do limite, restituindo a cada pessoa sua humana fragilidade
Ele devia estar contente, ser o dito cidadão respeitado, mas vive o mal-estar. Vende-se como super-homem, alguém que suporta pressão e é capaz de causar sofrimento aos outros. Analisado a partir de Fromm e Dejours, vê-se a raiz da banalização do mal
Sinais invertidos governam o país. No topo da República, torturadores que se dizem cristãos. As injustiças viram culpa dos injustiçados. Chegamos a sentir na pele os sintomas desse estado doentio. Mas saberemos resistir e virar a página
Aristóteles associou ao dinheiro o advento de um desejo ilimitado (e antinatural) pelo acúmulo de riquezas. Marx o retomará. Mas, para não adoecer, esse impulso de prazer necessita, diz Freud, dos limites da realidade – que o Capital desconhece
Principal interlocutor de Freud, húngaro cultivou estilo de análise empático e afetivo, mais afinado aos pacientes de hoje. Também insistiu na necessidade do cuidado com o próprio analista. Dossiê CULT introduz seu pensamento e trajetória
Não há mais bode expiatório. A taxa Selic continua a subir com o presidente do Banco Central, indicado por Lula. O resultado: alta no custo de vida, desaceleração da economia, concentração renda – e o risco de entregar o país para a ultradireita em 2026
Violência e racismo das PMs remontam ao período 1830-71. Burguesia colonizada e sem projeto assumiu o Estado. Promoveu branqueamento, dependência e repressão das “classes perigosas”. As elites jamais quiseram livrar-se desta garantia
O tempo em que elas foram espaços de formação, confrontos e diferenças parece distante. Reduziram-se a somatórias de vidas atomizadas, ou simples cenários de deslocamento. Reaprender a andar, olhar e escutar é uma resposta – um gesto de recusa à indiferença
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