Um esforço para atualizar, sob lentes feministas, a teoria de Adorno – que pode ter olhado as mulheres principalmente como consumidoras. Que papel cumprem agora as redes, para tornar palatável o trabalho reprodutivo? O que é – e deveria ser – o “tempo livre” das mulheres?
Pensadora aponta: feminizado, o cuidado é transformado em “expressão de amor”, estruturando relações através de hierarquias de poder. Só quem pode pagar, o terceiriza. Luta deve mirar o salário doméstico, mas também uma ética de apoio mútuo
Pensadora bate em tema essencial: como recuperar a vida e a criatividade – incompatíveis com jornadas de dez horas. Ao contrário do que pensa o feminismo liberal, elas roubam tempo e energia vitais à luta contra a devastação capitalista
Na crise, fica evidente: luta pela emancipação do neoliberalismo está partindo de quem faz o trabalho de reprodução da vida. Saída está em controlar corporações – que impediram resposta efetiva – e valorizar Economia do Cuidado