OutrasPalavras

Jornalismo de Profundidade e Pós-capitalismo

Promessa agroecológica não se cumpriu: ministério privilegiou “agronegocinhos”. Mas ainda é possível construir programa emergencial para os desafios do campo. Entre eles, a falta de autossuficiência alimentar, que aflige 1,9 milhão de agricultores familiares

Campo enfrenta vários desafios. Terras de má qualidade. Assistência técnica limitada. Endividamento. E burocracias no acesso a políticas públicas. Transição agroecológica exige superá-los. Passos devem ser calculados e progressivos

Os R$ 77bi destinados à agricultura familiar não transformarão o campo – e repetem velhos problemas. É preciso construir novo modelo agrícola, garantir assessoria técnica, frear o uso de venenos e frear a formação de “agronegocinhos”

Por que não será possível vencer a fome sem superar o modelo do agronegócio. Como voltar a produzir o que o brasileiro come. O que falhou nas políticas iniciais de Lula e Dilma. A alternativa dos projetos agroecológicos experimentais

Plantio do grão caiu 35%, enquanto a commodity disparou cinco vezes. Pronaf, que deveria incentivar a variedade na agricultura familiar, destina 40% do crédito à soja. Estoques estão zerados, preço do feijão dispara e aprofunda o quadro grave da fome

Cortes nos programas de incentivo à reforma agrária leva famílias de assentados a dívidas impagáveis e provoca escassez no campo. Crédito, só para grandes produtores. Pra piorar, decreto de Bolsonaro ameaça quilombolas e extrativistas