Agora, está clara a importância do trabalho ligado à Vida. Cuidado, Culinária, zelo pela Casa. Afetos. O que o feminismo argumenta. O que o capital despreza e não quer remunerar. Oxalá saiamos da crise subvertendo a lógica da mercadoria
Nem a Ciência pode nos salvar da barbárie ultraliberal. Sobreviver como espécie exigirá uma “reencarnação coletiva” no mundo pós-pandemia: novas formas de viver, pensar e organizar a Economia. É isso, ou nostalgia masoquista
Ela avançou porque capital financeiro tirou a máscara: bancos e corporações já aceitam aliar-se com os Trump e Bolsonaro. Mas a crise econômica mostra que este arranjo é frágil e abre brechas para a construção de alternativas inovadoras
Filósofo italiano enxerga, na crise da pandemia, uma brecha para romper o poder de ilusão das finanças, do consumismo e do poder. Como saída, a potência do que é realmente útil: a água, o alimento, o ar, a palavra e o afeto
Filósofo acredita que é possível, mais que nunca, conter os totalitarismos e fortalecer os laços de comunidade ante a flagrante incompetência dos líderes frente a crise. Retorno ao “normal” é o que eles querem. Mas as mudanças são pra já
Agora, bilhões descobrem que podem trabalhar em casa, sem os controles burocráticos de sempre. Jornada poderia ser reduzida drasticamente, em relações pós-capitalistas. Mas haverá imensa pressão para que tudo volte ao “normal”
Índia, China, África do Sul, Europa. Face à crise, multiplicam-se pelo mundo iniciativas de compartilhamento e auxílio mútuo. São embrionárias. Mas apontam para novas relações e subjetividades, diante do colapso das lógicas neoliberais
Bons modos não salvarão o sistema. Partindo da teoria do valor-trabalho de Marx, livro sugere: estamos no fim de longo declínio. Crises como a do coronavírus serão corriqueiras, enquanto não formos capazes de por fim ao pesadelo
As velhas certezas estão desabando. O que parecia impossível pode acontecer. Para tentar salvar-se, a ordem capitalista faz contorcionismos. Mas este movimento mostra a todos: o que era inalterável pode ser transformado
Os Estados gastam: desaba um pilar do neoliberalismo. No Brasil, a notícia tarda a chegar, o que custará muitas vidas. Para salvar os bancos, os EUA fabricam US$ 1,5 trilhão. E se este dinheiro alimentasse o Comum? Reflexões à entrada da pandemia