OutrasPalavras

Jornalismo de Profundidade e Pós-capitalismo

Maranhão é o estado de onde vêm mais pessoas resgatadas. Há casos de fazendas reincidentes no crime, e trabalhadores que retornam à condição. Caldo de miséria a alta concentração de terras geram ciclo de violência incontida

Com a publicação de Úrsula, em 1861, a maranhense tornou-se a primeira romancista brasileira. O gesto de Joana, do conto “A escrava”, parece simbólico de sua tomada de palavra: “Ainda posso falar”. Sua obra ainda grita ao Brasil de hoje

Privatização colocou empresa sob comando dos predadores que quebraram as Americanas. Maior geradora de energia do país é consumida por operações financeiras esdrúxulas. Mídia cala-se, para não expor necessidade de renacionalização

Nos 20% que restaram da mata nativa maranhense, 580 indígenas de recente contato com o branco protegem a si mesmos e à floresta ameaçada. Vivem temerosos desde que sua terra virou rota de carga da maior mina de minério de ferro do mundo

Na terra Alto Turiaçu, após a morte suspeita de liderança indígena, povo originário reforça seu conhecido (e eficaz) sistema de autodefesa. De olho no ouro, invasores e mineradoras estrangeiras acossam o território. Haverá resistência

• Fraudes nas emendas do relator no MA • Combate à venda ilegal de cigarro eletrônico • Cânceres “evitáveis” causam 44% das mortes • EUA poderá punir negacionistas? • Doação milionária para conter a próxima pandemia •

Mais de 200 mil vidas teriam sido salvas se o país tivesse o mesmo desempenho dos nove estados da região. Sérgio Rezende, ex-ministro de C&T e coordenador do comitê científico que orientou os governadores, reflete sobre os motivos

De uma lista de 20 ítens hiper inflacionados, 19 são de comida in natura. Dieta de ultraprocessados deixou uma em cada três crianças obesa. Do outro lado, onde o IDH é ainda pior, fome persistente reflete-se na magreza aguda e baixa estatura

Comitiva vai ao Matopiba, nova fronteira agrícola do país, e relata o terror ruralista em 35 comunidades. Grandes propriedades, que se apresentam como “modernas”, estão ligadas a assassinatos, desmatamento e grilagem

Crônica sobre a festa popular maranhense, que chega à apoteose hoje. Ruas viram espaços de encantamento. Diferenças de classes entram em transe. O mercado até tira suas lascas, mas, em batuques e cantorias, o ancestral injeta sangue novo na indiferença