Em naves privadas, viagens ostentatórias e metaverso, Musk, Bezos e Zuckerberg buscam futuro ainda mais alienante e desigual. Dizem inspirar-se ficção científica — ignorando que esta fustigava o vazio da tecnologia sem projetos éticos

Falsa corrida espacial está em curso. Rende lucros e marketing. Seus protagonistas sugerem que as soluções para o planeta estão no espaço, enquanto capturam a riqueza coletiva e liquidam ecossistemas. Mas para que precisamos do 0,1%?

Bem-vindos à era de turismo sideral dos bilionários, que brindam sua champanhota orbitando planeta em crise. Enquanto Terra parece se esgotar, plano não é um novo imaginário, mas promover o neocolonialismo sem fronteiras

Bezos vai ao espaço e agradece aos compradores da Amazon. Mas sua galinha dos ovos de ouro não são os produtos, e sim os dados gerados pelos usuários. O que são, como são organizados e de que maneira começaram a ser privatizados?

Após 27 anos, bilionário lega corporação que é a imagem do sistema, em sua fase financeirizada: superexploração, ataque permanente aos sindicatos, predação dos concorrentes e desprezo ao ambiente. Tudo com gordos privilégios fiscais…

Sua riqueza multiplicou-se na pandemia. É conhecida por ataque a direitos sociais, concorrência desleal e obscura cadeia de fornecedores. Mas algo inédito acontece: coalizão internacional de trabalhadores surge para opor-se à acumulação obscena

Gigante parece querer aniquilar a concorrência, prometendo preços 80% menores em genéricos e 40% nos de marca. Para isso, vai capturar dados de saúde dos clientes

Superexploração do trabalho, em ambientes infernais. Ataque mortal ao pequeno varejo. Exploração das fragilidades psíquicas do público. Ainda assim, multidões seguem comprando — por já não desejarem nada, exceto o consumo

Acionistas das 32 maiores corporações do mundo, mesmo com seis meses de covid, ganharão R$ 577 bi a mais que em outros anos, enquanto 400 milhões ficaram desempregados. Se taxada, cifra garantiria força-tarefa pela Saúde Pública global

O “mais rápido e barato” tem preço: trabalho precário, captura de dados e morte de muitas livrarias. Uma pequena editora propõe: resistir à gigante do e-commerce exigirá nova cultura livresca e aliança entre leitores, editores e livreiros