Há um grupo de pastores dissonantes do fundamentalismo. O púlpito se abre a debates relevantes, sem a espetacularização política da religião. Outros, mais ousados, propõe até novas leituras da Bíblia, com pautas progressistas e combate à extrema direita
A história do pastor dissidente da teologia da prosperidade, num subúrbio do Rio. A modéstia do templo é intencional. Guilhermo desenvolveu a doutrina própria; recorre à sua própria história, marcada pelas drogas, para se conectar aos fiéis da cracolândia da Pedreira
Dia da Luta Antimanicomial: Paulo Amarante reflete sobre contexto da reforma psiquiátrica. Para ele, é preciso questionar a patologização do mal-estar no neoliberalismo, que sequestra a “saúde mental” para individualizar questões políticas
Análise do neopentecostalismo no país, para além dos clichês. Ele não é grupo coeso. Oferece ações sociais nas periferias. Mobiliza pessoas de baixa renda e negras, que aderem ao conservadorismo por motivos mais pragmáticos que ideológicos
O país não tem dinheiro para o orçamento e o Ministério da Cidadania destina verba às ditas comunidades terapêuticas. Reincide no apoio a práticas religiosas, alheias inclusive à atenção aos direitos humanos. E o aporte de recursos foi feito sem licitação pública
Estudo aponta: 77% dos evangélicos afirmam ter recebido notícias falsas em “grupos da igreja” no WhatsApp – o dobro que outras religiões. Fortes vínculos comunitários – e peso eleitoral das congregações evangélicas – explicam o fenômeno
Antropóloga examina estratégias de grupos fundamentalistas para negar a pandemia. Mas vê crescente fissura na base evangélica antes ligada ao bolsonarismo, e identifica segmentos com bandeiras progressistas e em defesa da vacina
Não se trata de “avanço evangélico”. Também políticos católicos, ou não ligados a fé religiosa, manejam a pauta de costumes para obter apoio nas periferias. Esquerda precisa, se quiser se recompor, voltar a dialogar com estas