OutrasPalavras

Jornalismo de Profundidade e Pós-capitalismo

Investigação revela aumento das contaminações graves entre bebês no campo. No RS, cidades com mais da metade do território dedicada à agricultura têm risco 73% maior de mortes fetais. Análise mostra que a taxa de anomalias aumentou na última década

Ativista ecofeminista crítica esforço ínfimo dos governos diante da crise climática. Liberação de venenos prossegue; patentes transformam a natureza em ativos. Mas há esperança: persiste o desejo das maiorias em retomar o poder criativo de produzir na terra

• Bilionários poluem muito mais • Será possível frear aquecimento? • Bayer indenizará agricultores por glifosato • Saúde digital: risco no Reino Unido • COP do Tabaco adiada; indústria comemora • Disparidades na saúde de pessoas negras •

Relatório aponta: em 2019, 89% dos grãos possuíam agrotóxicos acima do permitido e até proibidos, o que pode desencadear graves doenças a longo prazo. Programa da Anvisa que monitora a segurança dos alimentos está paralisado há dois anos

Estudo constatou que regiões próximas a lavouras de soja, onde o veneno é amplamente usado, tiveram aumento de mortes prematuras e malformação de fetos. Pesticida contamina solo e recursos hídricos, mas segue sendo o mais vendido no país

Kassio Nunes, do TRF-1, já atrapalhou demarcações e favoreceu uso de agrotoxicos. Gilmar Mendes e Dias Toffoli aprovam indicação; Fux quer outro

Uso generalizado não provoca apenas o envenenamento progressivo de milhões de brasileiros. Dados inéditos mostram:, em dez anos, 45 mil foram hospitalizados, 1,8 pereceram e 24 mil tiraram a própria vida com venenos agrícolas

Dores de cabeça, abortos espontâneos e câncer. Pressão popular conseguiu banir as “chuvas de agrotóxicos” em 15 municípios. Mas corporações reagem com lobby agressivo, apelam no STF e ameaçam a vida de ambientalistas

Levantamento aponta: esse é o governo que mais liberou agrotóxicos na história. Em 12 meses, 503 novos venenos — um quinto, extremamente tóxicos. Leia também: no mundo, uma a cada cinco mortes se deve à sepse, grave infecção

Na Nordeste da Argentina – região que mais se concentra glifosato no mundo – exposição diária ao pesticida levou camponês a perder massa óssea, até sobrar só pele e osso. Até sua morte, Fabián lutou para mudar modelo agrícola que o condenou