Elas apostam na “reforma” administrativa – tema que confunde a opinião pública – para tirar de foco a luta pela soberania

Dez anos após junho de 2013, reivindicações por políticas públicas não foram digeridas pelo Estado. Segue a tendência ao curtoprazismo. Se não for revertida, crise da democracia se aprofundará e ultradireita pode pescar em águas turvas

Breve balanço da captura da riqueza nacional, seja pelo uso da terra ou capital financeiro. A tônica: parasitismo socioambiental e globalização subordinada que corroem a soberania – e reduzem economia a entreposto do comércio exterior

44% da população trabalhadora está na economia popular e de subsistência. Contaminado pelo rentismo, o Estado limitou-se a oferecer paliativos. É hora de outra postura: políticas que garantam o direito ao trabalho e reconheçam sua diversidade

Eles não têm a paciência que pediu Lula. Sem qualquer republicanismo, exigem que o pregão da Bolsa trace o destino do Brasil e que a democracia seja engolida pelo esquadro fiscalista. Objetivo: o lucro de rapina, rápido e sem medir consequências

Ele já é um movimento: articula-se à ultradireita global, promove o caos e vai além da liderança de Bolsonaro. Aplicar a Constituição para desmantelá-lo não é “revanchismo”, mas defender a democracia de hordas criminosas

Desmembramento, captura e privatização total da Petrobrás estão em curso. Caso se completem, Brasil perderá chance de superar regressão produtiva e política em que mergulhou. É possível reverter o processo – mas não sem conhecê-lo a fundo

Kathlen, jovem grávida, foi assassinada. Nas “balas perdidas” com alvo certo, nas prisões-senzalas e na brutal desigualdade, o passado escravocrata é eterno presente – e parece gritar que negro não tem direito de viver, tampouco de nascer

Em surdina, governo empurra “reforma” administrativa. Ao demonizar funcionalismo, e ceifar seus direitos, ela atinge as maiorias, que precisam dos serviços públicos. E completa o ataque geral ao trabalho, principal objetivo do golpe de 2016

Venda para Boeing fracassou, felizmente. Mas empresa perdeu dois anos cruciais. Por que o caminho para recuperá-la, com a crise aérea global, é a reestatização. Como a aviação regional, sua especialidade, será promissora no pós-pandemia