Professor analisa o modus operandi de doutrina que visa submeter o Estado à religião cristã. Enraizada em setores evangélicos, ela tornou-se a alma do bolsonarismo. Michele Bolsonaro e Nikolas Ferreira são “novas trombetas” deste projeto político
Os bastidores do desgoverno: Bolsonaro ocultou protocolos de prevenção ao vírus e número de mortes. Silenciou ministérios. E, com apoio de igrejas, encobriu sua inação na tragédia de Manaus e nas aldeias – tudo para “evitar pânico”
Pesquisa aponta: só mobilização pode superar conservadorismo do Congresso. Lá, 40% alinham-se ao “panico moral”; 57% evitam discutir aborto; 20% são contra atendimento às vítimas e apenas um em cada cinco defende valores progressistas
Movimentos reacionários globais, com forte influência no Brasil, articulam pautas para causar pânico moral e aumentar controle. Seu ódio ressoa nos atendimentos de saúde, afasta os muito vulneráveis e interfere na criação de políticas públicas
Elas professam a fé, romperam com conservadores e lutam contra o fundamentalismo religioso. Podem ser porta de entrada no diálogo com a comunidade evangélica, que não representa um voto único. Nas eleições, combatem as fake news
No terreiro de Pai Duda, em Cachoeira (BA), drones de vigia precederam os ataques. Vieram então as caminhonetes com as multidões ferozes. Nos últimos 30 anos, violência contra religiões de matriz afro disparou. Em 2021, foram 581 ataques
• Mapeamento de câncer infantil • STF bloqueia negacionismo • Síndrome em crianças não vacinadas • Ômicron causou crise em hospitais • Sem vantagens nas vacinas específicas • Carrefour esconde agrotóxicos • Vem aí o Abrascão 2022 • Arqueologia médica •
Em 2020, mais da metade dos projetos de lei sobre o tema atacavam direitos reprodutivos. Mas ideias retrógradas vão além do Congresso e de Damares: Ministério da Saúde distorceu dados sobre letalidade de mulheres que interrompem gravidez