Filme é corajoso ao “transplantar” as veredas da história de Riobaldo e Diadorim para uma favela distópico-futurista, onde jagunços são milicianos. Porém, parte da poesia roseana se perde numa linguagem de “tiro, porrada e bomba”
Em Jardim dos desejos, homem tenta apagar seu passado de supremacista branco ao relacionar-se com garota negra, enquanto é atormentado por suas memórias. Filme perde-se no didatismo, mas ganha força quando confia no poder de suas imagens
A insólita viagem do cineasta alemão, de Munique à Paris a pé, a partir de seu diário. Com sua amiga à beira da morte, ele antecipa o luto numa jornada de transgressões, expiação e mergulho em si mesmo: “abra a janela, há alguns dias aprendi a voar”
Em Sem Coração, grupo de adolescentes de distintas classes experimenta, com vigor e delicadeza, a relação com o mundo que os cerca. Uma baía propõe, em flashes, um ensaio poético-geográfico-social sobre Guanabara, seus personagens e seu entorno
Em novo filme, cineasta mostra um povo indígena, que fica abonado com a descoberta de petróleo. Os brancos passam a servi-los e preparam um plano para roubar suas terras. O épico serve de parábola do capitalismo, em que o dinheiro não tem cor nem ideologia
Todo conflito é um choque de velocidades, mostra o filme, disponível em streaming. Para um imigrante bielorusso, a Legião Estrangeira é o passaporte para a Europa – prometida e renegada. E, numa coreografia vital, seu corpo gera outras sensibilidades