No streaming, dois filmes revisitam os westerns pela poesia e política. Um desfaz fronteiras entre o “civilizado da cidade” e o “macho cowboy”. O outro, estrelado por negros, propõe saquear a memória branca e colonial, ao som de jazz e raps
Chloé Zao, vencedora do Oscar com Nomadland, desvela um capitalismo tão melancólico quanto brutal. Em Song my brothers (2015), seu 1º longa, sob um drama familiar indígena, as novas facetas do colonialismo – e de seu enfrentamento
Em O atalho (2010) e First Cow (2019), Kelly Reichardt chacoalha as mitologias do Velho Oeste. Em vez de tiros e heróis durões, um olhar agudo sobre a vida doméstica, o inóspito, os sonhos de liberdade e riquezas – e até um casal improvável
Em Relatos do Mundo, veterano da guerra civil nos EUA encontra garotinha “órfã duas vezes”. Em vez do rancor revanchista, cowboy que vê o Outro, crê na força da palavra e mergulha no coração de país dilacerado por disputas sociais, políticas e étnicas