Brasil, México e Austrália reivindicam sua libertação e somam peso diplomático à campanha, que até agora reunia ativistas. Ameaça dos EUA e Reino Unido ao jornalismo fica exposta. Luta precisa crescer, mas algo importante se moveu

O Discreto Charme da Burguesia faz 50 anos. Ressurgem, nas telas, obras sobre os ricos. Mas há um fosso entre Buñuel – que expôs crueldade e medo – e a brandura das novas produções. Mudou a luta de classes? Poderá a arte afiar sua navalha?

Há cinco anos, uma revolução pacífica cercou os quartéis, mas não foi capaz de tomar o poder. Agora, chefes militares de um regime oligárquico guerreiam nas ruas, depois de perder o petróleo do Sul e de esmagar revolta na região do Darfur

Surgem os laços entre dominação financeira e capitalismo de plataformas. Rios de dinheiro obtidos na ciranda rentista permitem a startups destruir a concorrência, desestruturar o trabalho e causar enormes danos sociais. Quais as saídas?

Voto dos desencantados foi decisivo – e a esquerda o perdeu, ao abandonar as pautas das maiorias. Pinochetistas terão maior bancada na Constituinte, mas ainda há brechas: sentimento de mudança não se extinguiu, o desafio será reconquistá-lo

O horror dos manicômios voltou, agora via “comunidades terapêuticas”. Revertê-lo requer realizar plenamente a Reforma Psiquiátrica, adotando uma clínica libertária e cidadã que inclui ações intensas de arte-cultura e economia solidária

Estamos mergulhados num mar de informação sem narrativa ou verdade, diz pensador. Isso atomiza e desorienta as sociedades, nutrindo demanda autoritária. A Filosofia sucumbiu. Pode ser despertada pela Arte, possível fagulha da revolução

No Ocidente, os dogmas tardam a cair, mas o lucro e o mercado já não podem organizar a vida e a produção. É preciso investimento público, planejamento e redistribuição global de riquezas. Economista italiana aponta caminhos

Assim como na Europa, ela cultua violência e anticomunismo. Mas sua referência é Trump. Por isso, seu nacionalismo é oco: ela não quer nem Estado forte, nem críticas ao neoliberalismo e aos EUA. Aí pode estar seu calcanhar-de-aquiles

Filósofo dispara: novos bots são simuladores poderosos, mas também o oposto da inteligência, do aprendizado e da reflexão. Capital quer empregá-los para nublar o debate público. Porém, saída não é freá-los — e sim estimular a educação política