Quando corpos que escapam à normatividade passam a ocupar espaços não caricatos da sociedade, emerge a reação, que vê na transidentidade uma “ameaça”. Mas há hoje mais trans que outrora? Já houve um idílico “normal” a defender?

Em meio à desigualdade abissal, à volta da fome e à devastação do planeta, muitos fazem-se de cegos e repetem o mantra: Deus, Família e Pátria. Por trás de seu delírio, está uma razão cínica que, para preservar interesses, busca ocultar as saídas

Formiga na comida. Dedos cortados. Restrição de água. Em arrozais gaúchos, dezenas de trabalhadores foram resgatados. Em três meses, estado já registrou o dobro de denúncias do ano passado. Fiscais apontam: falta de pessoal para ações preventivas

Filme escancara as cozinhas requintadas que trituram trabalhadores para o hedonismo das elites. Nunca há pausa para afetos: tudo se resume a técnica e sofisticação. É a razão mercantil que transforma boa comida num espetáculo exclusivo

Empresa de José R. Marinho e Armínio Fraga tenta instalar, em refúgio da Mata Atlântica, mansões, campo de golfe, aeroporto e marina. Projeto pode devastar manguezais e restingas e inviabilizar comunidades tradicionais. Mas a resistência começou

Em textos poéticos, a angústia frente ao eterno retorno da tragédia dos povos da Amazônia. O Criador vislumbra o impasse da destinação de suas criaturas. Tudo em nome da “poeira brilhante na lama”, como definiu Davi Kopenawa

A Era da Desinformação Infinita, nas asas da IA? Os BCs “independentes” e o sequestro da democracia. Alexitimia: um distúrbio neoliberal? Sobre o tempo histórico e seus contratempos

Imensas bibliotecas de fake news. Produção em massa de “notícias” inventadas. Difamação ilimitada. Sem regulação, sistemas como ChatGPT ameaçam inviabilizar debate público ao avançar movidos pelo lucro e pelos interesses da ultradireita

Teóricos da “independência” situam o Banco Central num posto ideal, acima da sociedade, e lhe atribuem o dever de “atar as mãos” da autoridade política. Como se seus dirigentes não tivessem vínculos sociais e seguissem leis autoevidentes

Em conferência na Universidade Coimbra, a antropóloga Lilia Schwarcz aborda a questão da temporalidade. O que é um século? Quando afinal começou o século XXI? Sobre isso, o que imagens fotográficas – que parecem subir o rio – nos dizem?